Por que fazer jejum? Quais são os tipos de Jejum? Como devo começar?
Muita gente tem dúvidas sobre como e por qual motivo deve fazer o jejum. Se você tem dúvidas, no conteúdo de hoje vai entender um pouco mais sobre essa prática que nos ajuda a vencer a luta sobre as más tendências de nosso corpo. Precisamos entender que fazer jejum não é passar fome, muito menos uma dieta que visa benefício estético.
Veja também:
Qual a finalidade do jejum?
Para romper os grilhões do pecado que nos aprisionam e impedem a verdadeira santidade, que conduz à salvação e à felicidade, o jejum é uma prática muito útil. É preciso entender que para muitos vícios e más tendências, há uma cooperação entre a alma e o corpo, portanto, para superar essas realidades precisamos de mortificação. A mortificação corporal acontece pela prática do jejum, pelas vigílias e pelos trabalhos que levam à contrição, podendo-se acrescentar também a fuga das ocasiões de pecado.
Padre Paulo Ricardo nos ajuda a entender melhor. Ele diz que:
“Nós, medíocres que somos, não temos a maturidade necessária para a santidade, por isso não seríamos capazes de nos manter em ordem, naquele equilíbrio que ‘tempera’ a vida, sem o auxílio do jejum. Com o jejum, somos capazes de rechaçar as incursões hostis da sensualidade e libertar o espírito para que se eleve a regiões mais altas, onde possa ser saciado com os valores que lhes são próprios”.
Quais são os tipos de jejum?
Conforme as características de cada pessoa, jejuns específicos podem ser adotados e dessa forma qualquer um pode fazer. Deve-se levar em conta qualquer tipo de doença, atividade diária que exige grande gasto de energia, entre outros fatores. A seguir, você confere os tipos de jejum e como seguir cada um deles:
1 – Jejum da Igreja
2 – Jejum a pão e água
3- Jejum à base de líquidos
4 – Jejum completo
Fonte das imagens: Formação Canção Nova.
Fazer jejum não é passar fome
Para que o jejum dê frutos, é preciso ser acompanhado de uma atitude espiritual adequada de oração e oferecimento a Deus.
Padre Paulo Ricardo nos diz que:
“A Igreja e seus santos sempre reconheceram a bondade fundamental desta vida e dos alimentos que a sustentam. Um santo não é um faquir, e o ideal ascético cristão nunca foi o de deitar numa cama de pregos ou engolir cacos de vidro. Desde o Novo Testamento, a Igreja sempre condenou o ‘destempero’ dos santarrões e das suas seitas. Jejuar não é simplesmente passar fome. Se assim o fosse, a anorexia seria virtude heroica e os famélicos da história poderiam ser canonizados“.
A pureza de intenção
Diante de Deus, o que mais importa é a reta intenção, e você pode ver um conteúdo sobre isso aqui: As pequenas coisas feitas com amor e constância tornam-se grandes aos olhos de Deus. Precisamos entender que o pecado não está no alimento, mas no desejo.
“O homem sadio e o homem que sofre de gastrimargia (pecado da gula) podem comer os mesmos alimentos nas mesmas quantidades, mas somente o doente comete idolatria. Quando, diante dos alimentos, esquecemo-nos de Deus e começamos a desejar o nosso próprio bem, mais do que a glória de Deus, geramos uma desordem no nosso próprio ser”, explica Padre Paulo.
Os vícios da gula e da luxúria, por não se consumarem sem a participação da carne, exigem, além dos remédios espirituais, a prática da abstinência.
Diante dessas informações você pode analisar e perceber qual é a prática mais adequada para a sua realidade. Não passe fome e não queira que o seu sacrifício seja visto por todos, mas ofereça tudo a Deus pedindo a graça de vencer as más inclinações e alcançar as virtudes. Lembre-se: agradar a Deus deve ser a principal intenção de tudo o que fazemos nessa vida.