Bento XVI acusou o atual “credo anticristão” e sua voz não pode ser calada
Bento XVI acusa que lamentavelmente a sociedade moderna tem adotado o seu próprio “credo anticristão” e vem punindo com a “excomunhão social” os que não compartilham desse credo. O Papa Emérito afirma de forma contundente todas as suas posições tradicionais e fiéis à Doutrina da Igreja em sua biografia “Benedikt XVI – Ein Leben” (Bento XVI – Uma vida), publicada na Alemanha em 2020. Pela importância e atualidade de alguns pontos, é muito útil meditarmos e rezarmos com fé e confiança por toda a humanidade.
Veja também:
Bento XVI – Uma vida
Este livro repleto de extenso material possui mais de 1.100 páginas e foi escrito pelo também alemão Peter Seewald, que já havia publicado conjuntamente com Joseph Ratzinger quatro obras de grande destaque: “O Sal da Terra” (1997) e “Deus e o Mundo” (2002), quando Ratzinger ainda era cardeal; “Luz do Mundo” (2010), quando ele já era o Papa; e, por fim, “O Último Testamento” (2016), com Bento XVI já sendo o Papa Emérito.
Ao fim do livro há uma entrevista em que, dentre outros assuntos, Bento se refere às grandes ameaças enfrentadas pela Igreja e é de alguns desses pontos que falaremos a seguir.
O credo anticristão
“A verdadeira ameaça para a Igreja e, portanto, para o ministério de São Pedro, consiste na ditadura mundial de ideologias aparentemente humanistas. Contradizê-las constitui uma exclusão do consenso social básico (…) A sociedade moderna está no processo de formular um ‘credo anticristão’. E quem resiste a ele é castigado com a excomunhão social. O medo desse poder espiritual do Anticristo é, portanto, muito natural, e são realmente necessárias as orações de toda a Igreja para resistir a ele”.
O Papa Emérito recordou ainda o que havia declarado na audiência geral de 27 de fevereiro de 2013, a sua última como pontífice reinante:
“Na Igreja, em meio a todos os esforços da humanidade e ao poder confuso do espírito maligno, sempre se pode discernir o poder sutil da bondade de Deus. Mas a escuridão dos sucessivos períodos históricos nunca separará a alegria completa de ser cristão. Sempre há momentos na Igreja e na vida do cristão em que se sente profundamente que o Senhor nos ama, e esse amor é alegria, é ‘felicidade’”.
Na obra, Bento também afirma que “há um século seria considerado absurdo falar sobre casamento homossexual. Hoje, quem se opõe a ele é excomungado da sociedade (…) Acontece a mesma coisa com o aborto e a criação de vida humana em laboratório”.
Grandes desafios atuais
A fé católica passa por grandes desafios e os ensinamentos de Deus são confrontados por novidades impostas que não permitem a plena liberdade religiosa. Diante de tanta afronta, do desrespeito e da cultura da destruição do ser humano pelo pecado, precisamos entrar no combate espiritual e nos manter em firme oração, com muita fé. As portas do inferno não prevalecerão jamais!