É correto negar Jesus a quem deseja comungar de joelhos e na boca? Palavras firmes do padre Gabriel Vila Verde e as orientações da Igreja
Recentemente, a postura de um bispo que negou Jesus a uma fiel que desejava comungar de joelhos e na boca gerou reações de muitos católicos na internet. Não queremos aqui citar o bispo, nem julgar sua conduta, mas trazer a reação de um padre que traduz o sentimento de muitos fiéis. Além disso, é oportuno trazer um pouco do que a Igreja ensina sobre comungar de maneira, além de compartilhar o alerta sobre erros nas iniciativas ecumênicas.
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É correto negar Jesus a quem deseja comungar de joelhos e na boca?
A seguir você confere as palavras do padre Gabriel Vila Verde, que resumem a preocupação de muitos fiéis católicos diante do avanço dos abusos litúrgicos e de diversas práticas inadequadas diante de Jesus na Eucaristia. O que a atual falta de zelo e devoção podem ocultar?
Na publicação, você lê as palavras do padre Gabriel Vila Verde, além de comentários do padre Francisco Amaral e outros fiéis que testemunham suas dificuldades. Tomemos conhecimento e rezemos em reparação a Jesus ofendido e pela conversão de todos os pecadores, a começar por nós mesmos.
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O que a Igreja diz?
A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, na Instrução Redemptionis Sacramentum, sobre algumas coisas que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia, ensina o seguinte:
“Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento. Nos lugares aonde Conferência de Bispos o haja permitido, com a confirmação da Sé apostólica, deve-se lhe administrar a sagrada hóstia. Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas. Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão”.
Vale lembrar que a Instrução é de 2004 e já alertava para os abusos e sacrilégios cometidos contra Jesus presente na Eucaristia. Confira:
“Não é estranho que os abusos tenham sua origem em um falso conceito de liberdade. Posto que Deus nos tem concedido, em Cristo, não uma falsa liberdade para fazer o que queremos, mas sim a liberdade para que possamos realizar o que é digno e justo. Isto é válido não só para os preceitos que provém diretamente de Deus, mas sim também, de acordo com a valorização conveniente de cada norma, para as leis promulgadas pela Igreja. Por isso, todos devem se ajustar às disposições estabelecidas pela legítima autoridade eclesiástica”.
Para vencer os abusos e a desordem, a solução indicada pela Igreja é a obediência.
Erros nas iniciativas ecumênicas
A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, na mesma Instrução também nos alerta sobre erros nas iniciativas ecumênicas:
“Além disso, constata-se, com grande tristeza, a existência de iniciativas ecumênicas que, ainda sendo generosas em seu intenção, transgridem com práticas eucarísticas contrárias à disciplina com a qual a Igreja expressa sua fé. Sem dúvida, a Eucaristia é o um dom demasiado grande para admitir ambiguidades e reduções. Por isso, convém corrigir algumas coisas e defini-las com precisão, para que também com isto a Eucaristia siga resplandecendo com todo o esplendor de seu mistério”.
O resplendor de Jesus na Eucaristia não pode ser obscurecido por práticas contrárias à devida reverência e piedade diante do Santíssimo Sacramento. Diante de tantas divisões e confusões, busquemos centralizar nossas vidas em Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida.
Referências:
Redemptionis Sacramentum. Disponível em: <https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccdds/documents/rc_con_ccdds_doc_20040423_redemptionis-sacramentum_po.html>.