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Você acredita na existência do Demônio, Satanás, Maligno? O Papa Paulo VI acreditava - Altair Fonseca
Demônio, Satanás, Maligno
Conhecimento da Igreja Católica

Você acredita na existência do Demônio, Satanás, Maligno? O Papa Paulo VI acreditava

Não só São Paulo VI, como também a Igreja Católica acredita na existência do Demônio, Satanás, Maligno, do inimigo de Deus. Sabendo que nossa luta não é contra homens de carne e sangue (Cf. Ef 6, 10s), precisamos entender o inimigo para usarmos as armas espirituais corretas contra ele.

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O que são os demônios?

Os anjos maus ou demônios são criaturas que, submetidas a uma prova, por livre vontade fizeram uma opção fatal, um ato de revolta contra o Criador. Como possuem inteligência e conhecimento incomparavelmente maiores do que os humanos, a responsabilidade por seus atos de vontade é absoluta. Dessa forma, a escolha dos anjos maus é definitiva e sua punição também. O ódio a Deus que os envenena leva-os a perseguir os homens, no sentido de tirar-lhes a oportunidade de amarem a Deus neste mundo e de o glorificarem na eternidade.

O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 391, deixa tudo ainda mais claro:

Por detrás da opção de desobediência dos nossos primeiros pais, há uma voz sedutora, oposta a Deus , a qual, por inveja, os faz cair na morte. A Escritura e a Tradição da Igreja veem neste ser um anjo decaído, chamado Satanás ou Diabo. Segundo o ensinamento da Igreja, ele foi primeiro um anjo bom, criado por Deus. “Diabolus enim et alii daemones a Deo quidem natura creati sunt boni, sed ipsi per se facti sunt mali – De fato, o Diabo e os outros demónios foram por Deus criados naturalmente bons; mas eles, por si, é que se fizeram maus” (IV Concílio de Latrão (ano 1215), Cap. 1, De fide catholica: DS 800).

Sobre os demônios
Sobre os demônios

O Papa Paulo VI alertou os católicos:

“Com a queda de Adão, o Diabo adquiriu um certo poder sobre o homem, do qual só a redenção de Cristo pode nos libertar. Ele é o inimigo número um, é o tentador por excelência, que ainda atua com astúcia traiçoeira. É o inimigo oculto que semeia erros e desgraças na história humana”.

Esclarece ainda o Papa:

“Sai do quadro dos ensinamentos bíblicos e eclesiásticos quem nega a existência de Satanás ou o considera somente como personificação abstrata, conceitual e fantástica das causas desconhecidas das nossas desgraças”.

O exegeta Silvério Zedda afirma:

“A existência do demônio e sua ação maléfica no mundo humano pertencem à mensagem do Novo Testamento. Os autores dos livros do Novo Testamento podem ter assumido elementos do mundo ambiental e tê-los incorporado em sua doutrina. Apesar destas formas de expressão, o Novo Testamento ensina claramente que o reino do demônio, isto é, seu nefasto influxo sobre os homens para subtraí-los a Deus e à salvação, foi combatido por Jesus deste o início de sua vida pública. Jesus o fez retroceder (…) curando os doentes e libertando os endemoninhados; venceu-o de modo definitivo na Paixão e Ressurreição”.

O Diabo semeia desgraças
O Diabo semeia desgraças

Designações dadas aos anjos maus

O chefe dos anjos caídos, lançado ao Inferno então criado por Deus em castigo de seu pecado, tem nas Escrituras as seguintes designações, que em algumas passagens se referem aos demônios de um modo geral:

  • Inimigo, tentador;
  • Demônio (do grego daimónion, gênio);
  • Príncipe deste mundo;
  • Diabo (do grego diábolos, caluniador);
  • Maligno (ou mau por excelência);
  • Satanás (forma grega de uma palavra hebraica que significa “inimigo”);
  • Satã;
  • Espírito impuro; espírito mau;
  • Lúcifer (do latim lux, luz e ferre, levar, conforme tradução proposta por São Jerônimo);
  • Belzebu (em hebraico Ba’al Zebub), divindade filistina, designada no Novo Testamento como príncipe dos demônios. Em hebraico, é provável que a palavra signifique “deus da sujeira”, ou “do mundo infernal imundo”. Há citações de outros nomes como Asmodeu, Azazel, Lilith, Shelim, Belial, etc.
É perigoso negar a existência de Satanás
É perigoso negar a existência de Satanás

O poder do mal não é infinito

Terminamos o conteúdo com uma boa notícia para aqueles que amam a Deus e seguem seus mandamentos. O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 395, nos diz:

No entanto, o poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas, de qualquer modo, criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás exerça no mundo a sua ação, por ódio contra Deus e o seu reinado em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves prejuízos – de natureza espiritual e indiretamente, também, de natureza física – a cada homem e à sociedade, essa ação é permitida pela divina Providência, que com força e suavidade dirige a história do homem e do mundo. A permissão divina da atividade diabólica é um grande mistério. Mas “nós sabemos que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8, 28).

Referências:

  1. MACINTYRE, Archibald Joseph. Os Santos Anjos e a Hierarquia Celeste. Dois Irmãos: Minha Biblioteca Católica, 2022.
  2. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Edição típica Vaticana, Loyola, 2000.

Autor

○ Bacharel em Publicidade e Propaganda ○ Graduando em Filosofia ○ Partilho sobre Filosofia e Fé Católica ○ Link para acessar o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0931986249871001