A figura da pessoa pobre muitas vezes é instrumentalizada por grupos que possuem interesses políticos, inclusive dentro da Igreja Católica. A opção preferencial pelos pobres feita por Jesus realmente valoriza os menos favorecidos, mas não garante a salvação para aqueles que sofrem sem abrir o coração para Deus. Para pobres ou ricos, a salvação consiste em responder com o sim ao projeto do Senhor, cumprindo seus mandamentos e buscando uma vida de santidade.

Veja também:

• 10 conselhos de São Josemaria Escrivá para a vida espiritual.

Nem todo pobre vai para o Céu

Embora muitas advertências sejam feitas aos ricos na Palavra de Deus, é importante deixar claro que nem todo pobre vai para o Céu. Deus, em sua infinita misericórdia, ao longo da existência de uma pessoa (e até o último segundo da sua vida) dá a oportunidade para o “sim” à salvação que vem por meio de Cristo. Quem nega o amor de Deus e vira as costas para o Salvador escolheu livremente ir para o inferno e isso vale para pobres e ricos.

Bento XVI, no livro Jesus de Nazaré, nos ajuda a entender essa verdade:

“A simples pobreza material não redime, ainda que certamente os preteridos deste mundo possam contar, de um modo muito especial, com a bondade de Deus. Mas o coração daqueles que nada possuem pode estar endurecido, envenenado, ser mau – interiormente cheio de cobiça pela posse das coisas, esquecendo-se de Deus e cobiçando as propriedades externas”.

Não neguemos nossa salvação

Negar Jesus Cristo e seus ensinamentos é negar a nossa própria salvação e todos nós precisamos ter um coração aberto. Nada do que está apenas no exterior é determinante nesse sentido, já que até mesmo as boas obras podem ser manchadas por um coração soberbo e interesseiro. Precisamos ter uma vida nova a partir de dentro, que nos permitirá adorar a Deus em espírito e verdade.