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Liturgia Diária – domingo, 18 de agosto de 2024 – Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria, Solenidade – 20ª Semana do Tempo Comum – Ano B - Altair Fonseca
Liturgia Diária
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Liturgia Diária – domingo, 18 de agosto de 2024 – Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria, Solenidade – 20ª Semana do Tempo Comum – Ano B

PRIMEIRA LEITURA

Uma mulher vestida de sol
tendo a lua debaixo dos pés.

Leitura do Livro do Apocalipse de São João 11,19a; 12,1.3-6a.10ab

19a Abriu-se o Templo de Deus que está no céu
e apareceu no Templo a arca da Aliança.
12,1 Então apareceu no céu um grande sinal:
uma mulher vestida de sol,
tendo a lua debaixo dos pés
e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas.
3 Então apareceu outro sinal no céu:
um grande Dragão, cor de fogo.
Tinha sete cabeças e dez chifres
e, sobre as cabeças, sete coroas.
4 Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu,
atirando-as sobre a terra.
O Dragão parou diante da Mulher
que estava para dar à luz,
pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse.
5 E ela deu à luz um filho homem,
que veio para governar todas as nações
com cetro de ferro.
Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono.
6a A mulher fugiu para o deserto,
onde Deus lhe tinha preparado um lugar.
10ab Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando:
“Agora realizou-se a salvação,
a força e a realeza do nosso Deus,
e o poder do seu Cristo”.

Palavra do Senhor.

Salmo responsorial
Sl 44(45),10bc.11.12ab.16 (R. 10b)

R. À vossa direita se encontra a rainha,
com veste esplendente de ouro de Ofir.

10b As filhas de reis vêm ao vosso encontro, †
c e à vossa direita se encontra a rainha *
com veste esplendente de ouro de Ofir. R.

11 Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: *
“Esquecei vosso povo e a casa paterna!
12a Que o Rei se encante com vossa beleza! *
b Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor! R.

16 Entre cantos de festa e com grande alegria, *
ingressam, então, no palácio real”. R.

SEGUNDA LEITURA

Cristo, como primícias:
depois os que pertencem a Cristo.

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15,20-27a

Irmãos:
20 Cristo ressuscitou dos mortos
como primícias dos que morreram.
21 Com efeito, por um homem veio a morte
e é também por um homem
que vem a ressurreição dos mortos.
22 Como em Adão todos morrem,
assim também em Cristo todos reviverão.
23 Porém, cada qual segundo uma ordem determinada:
Em primeiro lugar, Cristo, como primícias;
depois, os que pertencem a Cristo,
por ocasião da sua vinda.
24 A seguir, será o fim,
quando ele entregar a realeza a Deus-Pai,
depois de destruir todo principado
e todo poder e força.
25 Pois é preciso que ele reine
até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés.
26 O último inimigo a ser destruído é a morte.
27a Com efeito,
“Deus pôs tudo debaixo de seus pés”.

Palavra do Senhor.

Aclamação ao Evangelho

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Maria é elevada ao céu,
alegram-se os coros dos anjos.

EVANGELHO

O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor:
elevou os humildes .

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,39-56

Naqueles dias,
39 Maria partiu para a região montanhosa,
dirigindo-se, apressadamente,
a uma cidade da Judeia.
40 Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel.
41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
a criança pulou no seu ventre
e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42 Com um grande grito, exclamou:
“Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre!”
43 Como posso merecer
que a mãe do meu Senhor me venha visitar?
44 Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos,
a criança pulou de alegria no meu ventre.
45 Bem-aventurada aquela que acreditou,
porque será cumprido,
o que o Senhor lhe prometeu”.
46 Então Maria disse:
“A minha alma engrandece o Senhor,
47 e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
48 porque olhou para a humildade de sua serva.
Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
49 porque o Todo-poderoso
fez grandes coisas em meu favor.
O seu nome é santo,
50 e sua misericórdia se estende, de geração em geração,
a todos os que o respeitam.
51 Ele mostrou a força de seu braço:
dispersou os soberbos de coração.
52 Derrubou do trono os poderosos
e elevou os humildes.
53 Encheu de bens os famintos,
e despediu os ricos de mãos vazias.
54 Socorreu Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia,
55 conforme prometera aos nossos pais,
em favor de Abraão
e de sua descendência, para sempre”.
56 Maria ficou três meses com Isabel;
depois voltou para casa.

Palavra da Salvação.

Reflexão

A passagem do Livro do Apocalipse revela uma visão poderosa que mistura símbolos e significados profundos. São João descreve a abertura do templo de Deus no céu, revelando a Arca da Aliança, símbolo da presença divina. Logo após, aparece “um grande sinal no céu: uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo de seus pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”, que é tradicionalmente interpretada como a Virgem Maria, a Mãe de Jesus, e também como a personificação da Igreja. A mulher está prestes a dar à luz, mas enfrenta um grande dragão vermelho, que simboliza o mal e o poder das trevas. O dragão deseja devorar seu filho assim que nascer, representando a oposição de Satanás ao plano de salvação. O filho, no entanto, é arrebatado para junto de Deus, mostrando que, apesar das forças do mal, a vitória pertence ao Senhor.

O Salmo é um cântico de amor, e sua beleza poética reflete a relação íntima e profunda entre Deus e o seu povo, simbolizada na figura da noiva e do rei. No versículo responsorial, lemos: “À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir”. Esta imagem da rainha ao lado do rei aponta para Maria, a Mãe de Jesus, e também para a Igreja, a esposa de Cristo. Os versículos que seguem convidam a rainha a “esquecer seu povo e a casa de seu pai”, o que simboliza o total abandono ao novo chamado de Deus, deixando para trás tudo o que é terreno para se unir plenamente ao Senhor. Essa é uma imagem de entrega total, de fidelidade e de compromisso.

Na Primeira Carta aos Coríntios, São Paulo aborda o tema central da fé cristã: a Ressurreição. Ele afirma que “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram”. A expressão “primícias” indica que Jesus é o primeiro a ressuscitar, inaugurando uma nova era em que a morte não tem a última palavra. Sua ressurreição é o começo de nossa própria vitória sobre a morte. São Paulo faz um paralelo entre Adão e Cristo. Por meio de Adão, o pecado e a morte entraram no mundo, mas por Cristo, o novo Adão, veio a vida e a ressurreição. Em Cristo, todos seremos vivificados. Ele é o Senhor que subjugou todas as forças contrárias, inclusive a morte, que é o último inimigo a ser destruído.

O Evangelho de Lucas narra a visita de Maria à sua prima Isabel, logo após o anúncio do Anjo Gabriel de que ela seria a mãe do Salvador. Este episódio é conhecido como a Visitação e inclui o cântico de Maria, o Magnificat, uma das orações mais belas e profundas das Escrituras. Maria, movida pelo amor e pela caridade, vai ao encontro de Isabel para servi-la e compartilhar a alegria da maternidade. Ao saudar Maria, Isabel, cheia do Espírito Santo, reconhece a grandeza da missão de Maria e a chama de “bendita entre as mulheres” e “mãe do meu Senhor”. A resposta de Maria é o Magnificat, um cântico de louvor a Deus que exalta Sua misericórdia, Sua fidelidade e Sua justiça.

O nome do Senhor é santo e Sua misericórdia é eterna
O nome do Senhor é santo e Sua misericórdia é eterna

Neste cântico, Maria revela a humildade do seu coração, reconhecendo que todas as maravilhas realizadas em sua vida são obras de Deus. Ela glorifica o Senhor por olhar para a pequenez de sua serva e por elevar os humildes, enquanto derruba os poderosos de seus tronos. Maria se torna modelo de fé, humildade e confiança em Deus, lembrando-nos que Ele é fiel às Suas promessas e age de forma surpreendente na vida daqueles que O amam.

Este Evangelho, no dia da Assunção de Nossa Senhora, nos convida a imitar a atitude de Maria, sendo servos generosos, prontos para ajudar e compartilhar as alegrias dos outros. Também somos chamados a entoar nosso próprio Magnificat, reconhecendo as maravilhas que Deus faz em nossas vidas e louvando-O por Sua infinita bondade. Como Maria, devemos confiar plenamente em Deus, sabendo que Ele age de maneira poderosa e transforma a nossa história com Sua presença salvadora.

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Referências:

ILITURGIA. Liturgia Diária. CNBB. Disponível em: https://www.iliturgia.com.br/. Acesso em: 15 de agosto de 2024.

Autor

○ Bacharel em Publicidade e Propaganda ○ Graduando em Filosofia ○ Partilho sobre Filosofia e Fé Católica ○ Link para acessar o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0931986249871001