G. K. Chesterton sabia que poderiam destruir o que a mulher tem de mais belo
É inegável que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço na sociedade e avançam na luta por igualdade de direitos. Entretanto, se em alguns pontos os avanços parecem inegáveis, em outros, as mulheres parecem estar regredindo ao perderem o que possuem de mais belo para se equipararem aos homens e competirem por espaço com eles. Vamos refletir com o escritor inglês G. K. Chesterton sobre essa realidade.
- Veja também: A Virgem Maria viu o que ninguém viu.
Estão roubando algo valioso das mulheres
G. K. Chesterton, em O que há de errado com o mundo, disse: “Como é que ensinar regra de três para as crianças dos outros pode ser uma grande e ampla profissão e ensinar suas próprias crianças a respeito do universo, uma profissão restrita? Como é que ser o mesmo para todos pode ser grandioso, e ser tudo para alguém, algo limitado? Não pode ser. A função de uma mulher é trabalhosa, mas porque tem uma amplitude colossal e não porque tenha um alcance diminuto”.
A citação de G.K. Chesterton destaca a magnitude da função feminina e a contrasta com a ideia errônea de que o cuidado e a instrução das crianças dentro do lar são atividades limitadas. Durante muito tempo, tem sido amplamente fomentada a ideia de que qualquer serviço doméstico ou educacional prestado à própria família é depreciativo e sem valor. Muitas mulheres, levadas por ideologias modernas, abandonam sua vocação de rainha no seio da família para serem escravas de um sistema capitalista.
Ora, por mais alta posição profissional que uma mulher atinja, ela sempre estará subordinada a alguma ordem a nível regional ou global. Entretanto, na formação da família, a mulher é soberana e atua na educação das próximas gerações. Basta ferir a feminilidade em sua essência e teremos uma humanidade desorientada, exatamente como temos atualmente.
Então o lugar da mulher é somente em casa? Não!
Ao trazer os ensinamentos de Santa Teresa Benedita da Cruz, também conhecida como Edith Stein, é possível complementar a perspectiva abordada por Chesterton. A filósofa carmelita descalça do século XX, abordou a feminilidade e o papel das mulheres na sociedade em suas obras. Ela via a maternidade e o cuidado como uma vocação sublime, não limitada, mas sim expansiva em sua profundidade espiritual e impacto na formação das gerações futuras. Para Santa Teresa, a mulher não é restrita apenas ao papel de educadora doméstica, mas é chamada a trazer uma influência única e poderosa para a sociedade, moldando não apenas as mentes, mas também os corações das pessoas ao seu redor.
Em seu ensaio “A mulher“, Edith Stein destaca a importância da mulher em trazer amor, compreensão e cuidado para o mundo, ressaltando que essas qualidades não são limitadas ao ambiente doméstico, mas são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e compassiva. Ela reconhece que a mulher tem um papel especial na formação da cultura e na transmissão dos valores fundamentais da humanidade.
Homem e mulher se complementam
Edith Stein, em seu ensaio “A mulher“, disse: “A mulher e o homem foram criados para se complementarem. O equilíbrio entre o feminino e o masculino é essencial para uma sociedade harmoniosa e justa”.
A ideia central desta frase é que homens e mulheres possuem características distintas, mas que essas diferenças são complementares. Santa Teresa Benedita da Cruz acreditava que tanto homens quanto mulheres possuem dons e talentos específicos que, quando combinados, podem contribuir para a construção de uma sociedade mais equilibrada e completa. Infelizmente, as ideologias atuais jogam uns contra os outros e rompe com qualquer possibilidade de trabalho conjunto. Tal união e complementariedade está no plano de Deus e é prometida por todos os casais católicos no altar, quando recebem o Sacramento do Matrimônio.
Do ponto de vista filosófico e teológico, Edith Stein vê essa complementaridade como um reflexo da ordem natural ou divina. A complementaridade dos sexos pode ser vista como parte do plano de Deus para a humanidade, onde cada gênero tem um papel distinto mas igualmente importante na criação e no desenvolvimento da sociedade.
Portanto, ao unir os ensinamentos de G.K. Chesterton e Santa Teresa Benedita da Cruz, percebemos que a função da mulher, longe de ser limitada, é de fato ampla e profunda. O cuidado, a educação e a influência feminina têm o poder de moldar o curso da história e contribuir para o bem-estar da humanidade como um todo.
Este conteúdo foi útil? Compartilhe!
Referências:
CHESTERTON, G. K. O que há de errado com o mundo. 1. ed. São Paulo: Ecclesiae, 2013.
STEIN, Edith. A mulher. Traduzido por Hilda Feldman. São Paulo: Editora Paulus, 1991.