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É preciso iluminar as trevas da ignorância com a luz maravilhosa da verdade - Altair Fonseca
É preciso iluminar as trevas da ignorância
Reflexões e Meditações

É preciso iluminar as trevas da ignorância com a luz maravilhosa da verdade

O título deste conteúdo pode parecer um pouco idealista, ainda mais em um tempo de pessoas que agem como “donas da verdade”, mesmo que sejam apenas compradoras da narrativa mais popular. O cristão não pode se pautar pelos valores do mundo, mas este tem sido um erro no qual muitos católicos estão caindo, simplesmente por falta de conhecimento.

O mal é mais perigoso quando ignorado

Santo Irineu de Lyon, ao refletir sobre a importância de desmascarar o mal para vencê-lo, disse: “Expor os sistemas é vencê-los, assim como arrancar uma fera das selvas e trazê-la para a luz do dia é torná-la inofensiva”.

Em tempos de notícias falsas e ideologias que se disfarçam de bem comum, o ensinamento do santo ressalta a importância da exposição do mal como uma maneira de neutralizá-lo, comparando esse processo a trazer uma fera das selvas para a luz do dia, tornando-a inofensiva. O ensinamento da Igreja Católica sempre toca na importância da verdade e da justiça na luta contra o mal.

Santo Irineu mostra que é preciso desmascarar o mal
Santo Irineu mostra que é preciso desmascarar o mal

Um relevante documento da Igreja que aborda esse tema é a Encíclica Veritatis Splendor, escrita pelo Papa São João Paulo II em 1993. Nesta encíclica, o Papa reflete sobre a natureza da verdade moral e a importância de discernir entre o bem e o mal. Ele destaca a necessidade de uma “ética da verdade” que promova a busca pela verdade objetiva e a rejeição do relativismo moral.

Ao expor os sistemas de injustiça e opressão, estamos agindo em conformidade com esse chamado à verdade e à justiça. Além disso, ao trazer à luz os males que estão escondidos nas sombras, podemos enfrentá-los e superá-los com a luz da verdade e do amor. Neste sentido, não há nada mais libertador do que conhecer o projeto de amor de Deus por nós lutarmos para abandonar todo tipo de pecado, que nos aprisiona.

A grande aventura do conhecimento da Verdade

Daniel Rops, na História da Igreja de Cristo, disse: “A imensidade da Tradição inclui toda a história do povo eleito; Deus educou progressivamente o homem por intermédio de Israel, e os dois Testamentos são dois momentos dessa educação, duas fases complementares da marcha do homem rumo à verdade. É uma ideia grandiosa, em que se encontra incluída toda uma concepção cristã da história: a Igreja, o corpo místico de Jesus, sua testemunha no decorrer dos séculos, tem por missão fazer progredir incessantemente a humanidade para o seu fim supremo, para a realização do Rei no de Deus”.

Imagine que a história da humanidade é como um livro épico, escrito pelo próprio Deus, onde cada capítulo é uma parte vital de uma grande aventura. No começo, temos Israel, o povo escolhido, que representa os primeiros capítulos dessa jornada. Deus, como um mestre paciente, ensina e guia Israel através de altos e baixos, preparando-os para algo maior. Esses primeiros capítulos são como a fase inicial de uma história onde os personagens principais começam a entender seu propósito e missão.

Então, chegamos ao Novo Testamento, que é como a segunda temporada dessa série divina. Aqui, a história descobre o personagem principal, que já estava presente, mesmo que implicitamente, na temporada anterior: Jesus Cristo. Ele é a chave que liga todos os pontos, revelando o plano completo de Deus para a humanidade. Jesus não apenas vive entre nós, mas também nos mostra o caminho para a verdade e a vida plena.

A Igreja Católica, nesse contexto, é como a produtora dessa série épica, responsável por manter viva a história e garantir que ela continue sendo contada corretamente. A missão da Igreja é guiar a humanidade rumo ao seu destino final, que é a realização plena no Reino de Deus. Assim como uma série nos mantém ansiosos pelo próximo episódio, a Igreja nos inspira a avançar, sempre buscando crescer em fé e amor.

Essa visão é grandiosa porque coloca cada um de nós como parte dessa narrativa divina. Estamos todos caminhando juntos, aprendendo e crescendo, movendo-nos sempre para mais perto do final feliz que Deus planejou desde o começo. E enquanto avançamos, a Igreja nos ajuda a entender nossos papéis, a interpretar os sinais ao longo do caminho, e a manter viva a chama da esperança e da fé.

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Referências:

PAPA JOÃO PAULO II. Veritatis Splendor: Carta Encíclica sobre Alguns Aspectos Fundamentais do Ensino Moral da Igreja. Tradução de José Raimundo Vidigal. São Paulo: Paulus, 1993.

ROPS, D. História da Igreja de Cristo – A Igreja dos Apóstolos e dos Mártires. São Paulo: Quadrante, 1988.

Autor

○ Bacharel em Publicidade e Propaganda ○ Graduando em Filosofia ○ Partilho sobre Filosofia e Fé Católica ○ Link para acessar o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0931986249871001