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A fé sem obras é morta. Mas, e as obras sem fé?

Fé sem obras

Fé sem obras

Uma interpretação materialista de passagens como “a fé sem obras é morta” pode fazer com que as pessoas cometam o erro de pensar que a salvação depende unicamente de seus próprios esforços. Você já pensou nisso? Quem pensa que vai se salvar somente pelas próprias capacidades acaba desprezando a graça de Deus e coloca o esforço humano, a sabedoria do mundo, no centro e tira Deus do seu lugar. Quero usar as Sagradas Escrituras e o Sagrado Magistério para te levar a refletir mais profundamente sobre essa realidade.

A fé sem obras é morta…

Reflitamos juntos a Palavra em Tg 2,14-18: “De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos”, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: “Tu tens fé, e eu tenho obras”. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.

A fé sem obras é morta. A fé verdadeira se manifesta em ações concretas. Crer em Deus e no Seu amor deve se refletir no modo como vivemos e tratamos os outros. São Tiago nos alerta que não basta professar verbalmente a fé; é necessário demonstrá-la através de obras de caridade e justiça.

…mas as obras sem fé não possuem vida

Vejamos Ef. 2,4-7: “Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequên­cia de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo – é por graça que fostes salvos! –, juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus. Ele demonstrou assim pelos séculos futuros a imensidão das riquezas de sua graça, pela bondade que tem para conosco, em Jesus Cristo. Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das obras, para que ninguém se glorie. Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos”.

As boas obras são iniciativas de Deus, e não uma cobrança dos homens. Por meio da fé e da oração, alcançamos o discernimento para entender o que Deus quer que realizemos naquele momento. Por exemplo, um político que desvia bilhões de reais, mas investe em obras sociais para ajudar os pobres. Este político faz uma obra que agrada a Deus? Não, pois ele não age pela fé, mas pelos interesses políticos.

Quais são as obras que agradam a Deus?

É importante neste ponto lermos João 12,4-6: “Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: ‘Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?’. Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam”.

Aqui, o Evangelho de João revela a verdadeira intenção de Judas: ele não estava preocupado com os pobres, mas com o dinheiro que poderia ser desviado para seu próprio uso. E isso nos ajuda a chegar ao centro da questão: as obras que agradam a Deus são aquelas que fazemos com reta intenção, por amor ao Senhor e aos irmãos.

Que tal refletirmos mais profundamente sobre isso? Assista a seguir uma live especial que fiz para trazer luz aos corações obscurecidos pelo materialismo das obras pelas obras. Medite com profundidade, tire suas conclusões e aplique na sua vida aquilo que fizer sentido para você.

A fé sem obras é morta. Mas, e as obras sem fé?

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Referências:

BÍBLIA SAGRADA. Tradução Ave-Maria. 104ª ed. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2011.

FONSECA, A. O. A fé sem obras é morta. Mas, e as obras sem fé? Altair Fonseca. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Sqn6CtbvOck. Acesso em: 21 de setembro de 2024.

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