Muita gente se engana ao pensar que o amor pode ser confundido com uma atração física ou um relacionamento agradável movido por interesses baixos. Na verdade, o amor verdadeiro envolve sacrifício, envolve deixar de lado nossas vontades para se entregar pelo bem do próximo, quer sejamos correspondidos ou não. Essa abertura magnânima está fora de moda na sociedade atual, baseada no orgulho e no imediatismo, e é por isso que muita gente tem medo de amar. Vamos refletir sobre isso?

O pequeno recorte a seguir faz parte do momento de oração do Santo Terço que rezo diariamente em meu canal no YouTube. Inscreva-se no canal para rezarmos todos os dias. Assista o trecho e vamos refletir juntos.

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O amor em forma de cruz

Em live do Santo Terço, refleti dessa forma: “Quanto está difícil carregar aquela cruz, carreguemos essa cruz por amor a Jesus e Ele vem ao nosso socorro nos dando forças, as consolações necessárias, vai nos dando a paz”.

Te convido com essa frase a refletir sobre o sentido do sofrimento na vida cristã e a forma como ele pode ser transformado pela graça de Deus.

Carregar a cruz é uma imagem que ressoa profundamente na vida cristã, inspirada nas palavras de Jesus: “Se alguém quer vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Aqui, a cruz representa as dificuldades e os desafios que todos enfrentamos, sejam eles grandes ou pequenos. No entanto, ao carregarmos essa cruz com amor, especialmente com amor por Jesus, ela se transforma. O Catecismo da Igreja Católica (1505) ensina que “o sofrimento, em união com o sacrifício de Cristo, pode ser transformado em um dom de amor redentor”.

O amor verdadeiro, como o de Jesus, é capaz de transformar o que parece ser uma carga insuportável em uma fonte de vida e redenção. Quando carregamos nossa cruz por amor a Ele, não o fazemos sozinhos. Jesus promete: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11,28). Ele nos dá a força necessária para seguir adiante, mesmo quando parece que nossas forças estão se esgotando.

Além disso, ao carregarmos a cruz com amor, encontramos a verdadeira paz, uma paz que o mundo não pode oferecer, como Jesus diz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14,27). Essa paz é o fruto da confiança em Deus, que, em sua infinita bondade, não nos abandona no momento da dificuldade.

No sofrimento, também experimentamos as consolações que vêm de Deus. São Paulo nos lembra que “Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças. Pelo contrário, com a tentação vos dará também os meios para suportá-la” (1Cor 10,13). Essas consolações são sinais da presença amorosa de Deus em nossa vida, fortalecendo-nos e renovando-nos em nossa jornada.

Portanto, mesmo nas dificuldades mais intensas, podemos encontrar alívio e refrigério na certeza de que Cristo está conosco, ajudando-nos a carregar nossa cruz. Este é o mistério do amor verdadeiro, que se entrega e se transforma em fonte de vida. É o amor que nos fortalece, nos consola e nos dá a paz que ultrapassa todo entendimento.

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Referências:

BÍBLIA SAGRADA. Tradução Ave-Maria. 104ª ed. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2011.

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Novíssima edição de acordo com o texto oficial em latim. 4. Ed. São Paulo: Loyola, 2017.

FONSECA, A. O. Nas dificuldades aprendemos a amar. Altair Fonseca. Disponível em: https://www.youtube.com/shorts/u3NXA4xnWvk. Acesso em: 14 de agosto de 2024.