Com o avanço do autoritarismo do estado em diversos países do mundo, será que, algum dia, a Igreja poderá ser obrigada a realizar casamentos gays, de maneira a romper com o ensinamento original de Deus? Padre José Eduardo, sacerdote da Diocese de Osasco e Guto Azevedo, apresentador do podcast SantoFlow, bateram um papo com o Vilela, do Inteligência Ltda. sobre isso.
Padre José Eduardo, em participação no podcast Inteligência Ltda., disse: “Casamento é coisa séria, do ponto de vista do estatuto do casamento em referência ao direito natural. Então todas essas coisas que estão propondo e querendo forçar, utilizando palavras bonitas, na verdade é apenas a implosão das instituições que nós temos”.
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Casamento como instituição séria
Na visão católica, o casamento é um sacramento e uma vocação, considerado uma aliança sagrada entre um homem e uma mulher, ordenada para o bem dos cônjuges e a procriação e educação dos filhos (Catecismo da Igreja Católica, 1601, 1603). A seriedade do casamento é enfatizada pela sua natureza sacramental e pela indissolubilidade, refletindo a união de Cristo com a Igreja.
Direito natural
A referência ao “direito natural” alude à doutrina católica que afirma que certas leis morais são inscritas na natureza humana e podem ser conhecidas pela razão. O casamento, neste contexto, é visto como uma instituição fundada no direito natural, porque está enraizado na natureza humana e na complementaridade dos sexos.
Implosão das instituições
Padre José Eduardo critica as mudanças contemporâneas na definição de casamento, sugerindo que essas mudanças ameaçam a estabilidade e a integridade das instituições sociais estabelecidas. A Igreja Católica ensina que o enfraquecimento do conceito tradicional de casamento pode levar a uma desestruturação da sociedade, pois a família é vista como a célula básica da sociedade (Gaudium et Spes, §47).
Palavras bonitas e realidade subjacente
As palavras do sacerdote indicam que as mudanças propostas são mascaradas por uma linguagem atraente, mas escondem uma realidade que é prejudicial. Na visão católica, a verdade não pode ser relativizada por retórica; a verdade sobre o casamento deve refletir a ordem criada por Deus.
Padre José Eduardo, junto com a Igreja Católica, portanto, defende a preservação do entendimento tradicional do casamento como uma união entre um homem e uma mulher, fundamentada no direito natural e essencial para a estabilidade da sociedade e o bem-estar humano.
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Referências:
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Novíssima edição de acordo com o texto oficial em latim. 4. Ed. São Paulo: Loyola, 2017.
PAPA PAULO VI. Gaudium et Spes: constituição pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje. Vaticano, 1965. Disponível em: https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19651207_gaudium-et-spes_po.html. Acesso em: 16 de julho de 2024.
SILVA, J. E. O. A IGREJA é OBRIGADA a fazer CASAMENTOS GAYS? – PADRE JOSÉ EDUARDO E GUTO AZEVEDO. Cortes do Inteligência [OFICIAL] Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=F66YLW1cEoA. Acesso em: 16 de julho de 2024.