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O que acontece quando a vida de alguém é dirigida por Deus? - Altair Fonseca
A vida da pessoa dirigida por Deus
evangelIA

O que acontece quando a vida de alguém é dirigida por Deus?

Em uma era onde a tecnologia se entrelaça com todos os aspectos da vida, surge uma iniciativa inovadora de evangelização que utiliza a Inteligência Artificial para anunciar a palavra de Deus. “EvangelIA”, combina o poder transformador das imagens com a profundidade do tesouro da tradição católica. O conteúdo é elaborado em estudo e oração para refletir não apenas a narrativa bíblica, mas também os valores e a riqueza da tradição católica, criando uma experiência visual que eleva a alma e toca o coração. Esta fusão de tecnologia e espiritualidade representa um passo audacioso para a evangelização no século XXI, mostrando que a inovação pode ser um instrumento poderoso para iluminar caminhos de fé. No conteúdo de hoje vamos nos inspirar com palavras de Venerável Fulton Sheen sobre o que acontece quando a vida de alguém é dirigida por Deus.

A vida dirigida por Deus

Venerável Fulton Sheen, no livro A paz da alma, disse: “A paz é fruto do amor, e o amor floresce na pessoa orientada para Deus. O maior privilégio que pode se suceder a um ser humano é ter sua vida dirigida por Deus”.

A paz que ultrapassa todo entendimento, conforme São Paulo nos ensina em Filipenses 4,7, é um dom que provém de Deus, um reflexo do Seu amor infinito por nós. Fulton Sheen nos lembra que a verdadeira paz é um fruto do amor, e esse amor floresce na alma orientada para Deus. Esse pensamento é um convite para refletirmos sobre a essência da nossa vida cristã e a busca pela santidade.

A vida dirigida por Deus
A vida dirigida por Deus

No Evangelho de João 15,5, Jesus nos diz: “Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. Aqui, entendemos que a paz e o amor genuínos só podem ser encontrados quando estamos enraizados em Cristo. Como ramos, nossa força e vitalidade vêm da videira; sem Ele, murchamos e secamos. A paz de alma que Sheen descreve é, portanto, um estado de comunhão íntima com Deus, onde nosso ser inteiro é orientado para o Seu amor e verdade.

O Catecismo da Igreja Católica, 294, reforça essa perspectiva ao afirmar que “o fim último da criação é que Deus, que é o Criador de tudo, se torne ‘tudo em todos’ (1 Cor 15,28), procurando ao mesmo tempo a sua glória e a nossa felicidade”. Este fim último, que é a nossa união com Deus, é alcançado através da vivência plena do amor cristão. Esse amor é um dom infundido em nossos corações pelo Espírito Santo (cf. Rm 5,5) e se manifesta em ações concretas de caridade, bondade, paciência e perdão.

A Virgem Maria, a quem a Igreja venera como o modelo perfeito de amor e obediência a Deus, é uma inspiração suprema para todos nós. No Magnificat, Maria proclama: “Minha alma engrandece ao Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1,46-47). Sua vida é um testemunho de total entrega e orientação para Deus, resultando numa paz profunda e imperturbável mesmo diante dos maiores desafios.

O maior privilégio que pode se suceder a um ser humano, como Sheen ressalta, é ter sua vida dirigida por Deus. Isso implica uma confiança absoluta na providência divina, uma entrega incondicional à Sua vontade. Santo Agostinho, em suas Confissões, expressa essa realidade ao dizer: “Nos criaste para Ti, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em Ti”. A verdadeira paz de alma, portanto, é alcançada quando nos entregamos completamente a Deus, permitindo que Ele dirija nossos passos.

Em um mundo muitas vezes marcado pela inquietação e pelo tumulto, a mensagem de Sheen é um farol de esperança. A paz não é a ausência de problemas, mas a presença de Deus em nossas vidas. Quando deixamos que o amor de Deus floresça em nossos corações, orientando-nos em todas as coisas, encontramos a paz verdadeira. Que possamos, como Maria, dizer com confiança: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38), permitindo que o amor divino transforme nossa existência e nos conduza à paz eterna.

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Referências:

AGOSTINHO. Confissões. Trad. J. Oliveira. São Paulo: Editora Paulus, 2011.

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Novíssima edição de acordo com o texto oficial em latim. 4. Ed. São Paulo: Loyola, 2017.

SHEEN, F. J. A Paz da Alma. 1ª Ed. São Paulo: Molokai, 2022.

Autor

○ Bacharel em Publicidade e Propaganda ○ Graduando em Filosofia ○ Partilho sobre Filosofia e Fé Católica ○ Link para acessar o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0931986249871001

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