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A simples história da criança com uma bola que nos ensina sobre a eternidade - Altair Fonseca
A história da criança feliz com uma bola
Reflexões e Meditações

A simples história da criança com uma bola que nos ensina sobre a eternidade

A busca pela felicidade é um anseio que está na essência de todo ser humano, presente desde a criação. O Catecismo da Igreja Católica, 27, afirma que “o homem tem um desejo inato de vida e de felicidade”. Essa busca, porém, muitas vezes se direciona para bens e prazeres transitórios, incapazes de saciar plenamente a sede humana por significado e realização. Para que essa realidade fique mais clara, vamos refletir a seguir com a história da criança com uma bola.

A história da criança com uma bola

Venerável Fulton Sheen, no livro “A paz da alma”, explica uma realidade eterna com um exemplo muito prático:

“Uma criança a quem se deu uma bola e se disse que essa seria a única bola que teria na vida, não pode muito usufruir do presente porque tem medo de perdê-lo. Outra criança, informada de que, se for uma boa pessoa, receberá uma outra bola, uma nova bola que nunca se desgastará e que lhe trará uma alegria sem fim, não precisa ter medo de perder a primeira recebida. Assim se passa com o homem que tem apenas um mundo, em contraste com o cristão. Mesmo no gozo da vida, o primeiro caminha com medo de seu fim. Seus próprios prazeres são obscurecidos pela morte. Mas o homem que acredita em uma vida futura, condicionada pela moralidade, tem a grande vantagem de poder ser feliz tanto neste mundo como no próximo”.

A promessa da vida eterna, fundamentada na ressurreição de Jesus Cristo, oferece ao ser humano a perspectiva de uma felicidade plena e duradoura, livre das limitações e sofrimentos da vida presente.

Felicidade hoje e sempre
Felicidade hoje e sempre

O valor inestimável da vida eterna

A vida eterna não se trata apenas de uma existência sem fim, mas de uma comunhão perfeita com Deus, fonte de amor, alegria e paz infinitas. “A vida eterna é a comunhão plena e definitiva com Deus” (Catecismo da Igreja Católica, 1024). Nessa comunhão, o ser humano se encontra plenamente realizado e livre de toda dor e sofrimento.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a morte é a separação da alma e do corpo” (997), e que “as almas dos que morrem em estado de graça e de paz vão ao encontro de Deus” (1021). A fé na vida eterna nos convida à conversão e à mudança de vida, buscando a reconciliação com Deus através do sacramento da Confissão. A misericórdia infinita de Deus acolhe todos aqueles que se arrependem de seus pecados e se voltam para Ele com um coração sincero.

A mensagem de Fulton Sheen sobre a alegria eterna, baseada na fé na vida futura, nos chama a confiar na promessa da ressurreição e da comunhão plena com Deus. Tal esperança nos oferece a perspectiva de uma felicidade autêntica e duradoura, que transcende as limitações da vida presente.

Pensando em tudo isso, me pergunto: por que será que as pessoas insistem em ficarem brincando com uma bola murcha, apegados a ela como única fonte de alegria?

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Referências:

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Novíssima edição de acordo com o texto oficial em latim. 4. Ed. São Paulo: Loyola, 2017.

SHEEN, F. J. A Paz da Alma. 1ª Ed. São Paulo: Molokai, 2022.

Autor

○ Bacharel em Publicidade e Propaganda ○ Graduando em Filosofia ○ Partilho sobre Filosofia e Fé Católica ○ Link para acessar o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0931986249871001

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