Você já deve ter ouvido falar que as aparências enganam, não é mesmo? Isso é verdade e precisamos aprender a enxergar além daquilo que parece óbvio aos nossos sentidos. Te convido a uma reflexão que pode te ajudar a libertar-se daquilo que te oprime e te entristece. Vamos lá?
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Não é o que parece!
A realidade como enxergamos não é o que parece e deveríamos dar um passo além do mundo visível para termos contato com a graça de Deus através da fé. Enquanto ficamos presos no que é sensível, somos vítimas da vaidade e da mentira. Venha meditar comigo no vídeo1 a seguir.
A fé é o intérprete de Deus
Padre Jean-Pierre de Caussade2, no livro “O Abandono à Providência Divina”, disse: “A fé é o intérprete de Deus. Sem os esclarecimentos que ela dá, não entendemos nada da linguagem das criaturas. É uma escrita em cifra, um aglomerado de números, onde só vemos confusão; é um montão de espinhos, do meio dos quais não supomos que Deus possa falar. Mas a fé mostra-nos como faria a Moisés, o fogo da divina caridade ardendo no centro desses espinhos; dá-nos a chave desses números, e faz-nos descobrir nessa confusão as maravilhas da sabedoria do alto”.
Quando não temos fé, todas as comunicações de Deus com a humanidade parecem códigos indecifráveis que não conseguem penetrar o nosso entendimento. A maioria das pessoas vive sem essa experiência sobrenatural e baseia a sua vida apenas nas realidades materiais. Para essas pessoas, de nada vale viver seguindo valores morais e espirituais quando se pode viver o máximo de prazer desordenado hoje. Que deprimente!
A fé transporta o coração para o céu
No mesmo livro, o sacerdote nos ensina: “A fé comunica a toda a terra uma face celeste; por ela é que o coração se sente transportado, arrebatado, para conversar no céu. A fé é a luz do tempo, só ela atinge a verdade sem a ver; toca o que não sente; vê este mundo como se ele não existisse, vendo uma coisa muito diferente do que aparece. É a chave dos tesouros, a chave do abismo, a chave da ciência de Deus. A fé é que nos faz ver a verdadeira linguagem das criaturas; por ela é que Deus se revela e se manifesta em todas as coisas. Ela é que as diviniza, lhes tira o véu e descobre a verdade eterna”.
Quando começamos a nos libertar dos antigos esquemas baseados no mal, no pecado e nas sensações inebriantes que o mundo nos oferece, somos capazes de abandonar a falsa felicidade em busca da verdadeira e insuperável alegria em Deus.
Tudo o que vemos é vaidade e mentira
No livro que serve como base para a nossa reflexão, padre Jean-Pierre de Caussade disse: “Tudo o que nós vemos não é senão vaidade e mentira; a verdade das coisas está em Deus. Que diferença tão grande entre as ideias de Deus e as nossas ilusões. Como é que pode suceder que estando continuamente a ser advertidos de que o que se passa no mundo não é senão uma sombra, uma figura, mistério da fé, contudo nós procedamos sempre conforme ao sentido natural e humano das coisas, que não é senão um enigma?”.
Ter uma vida baseada na vaidade e na mentira é o que mais causa desespero nas “pessoas de sucesso” neste mundo. Ao chegarem no que consideravam o topo, percebem que falta sentido em tudo o que conquistaram e caem no desespero. Mesmo que não entendam, tais pessoas fazem a experiência real de que o coração humano nunca descansará longe de Deus. Busquemos n’Ele tudo o que precisamos!
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Referências:
1. FONSECA, A. O. Não é o que parece!. Altair Fonseca. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=m_-nolaSi80. Acesso em: 25 de fevereiro de 2024.
2. CAUSSADE, J. P. O Abandono à Providência Divina. 1ª Ed. Dois Irmãos: Minha Biblioteca Católica, 2019.