Quais foram os mais santos?

Quem foram os mais santos? Quais critérios podemos utilizar para descobrir quais santos alcançaram o maior grau de santidade? Qual é o caminho mais perfeito para quem busca a própria santificação? Vamos refletir sobre essas e outras questões com o livro “O Abandono à Providência Divina”, do padre Jean-Pierre de Caussade.

Existem livros que nos afastam de Deus?

Quais foram os mais santos?

Você já parou para pensar sobre quem foram os santos que mais agradam a Deus? Se sim, ou se tem curiosidade em saber quem foi a criatura mais santa, te convido a refletir comigo no vídeo a seguir:

Comparar os santos é inútil

Pe. Jean-Pierre de Caussade, no livro “O Abandono à Providência Divina”, disse: “Mas quem são os mais santos? Querer sabê-lo é curiosidade vã. Cada um de nós deve seguir o caminho que lhe foi traçado. A perfeição consiste em submeter-se à ordem de Deus e em nada deixar escapar do que nela se encontra de mais perfeito. A comparação dos diversos estados considerados em si mesmos não nos ajuda nada a adiantar no caminho da perfeição, pois não é na quantidade nem na qualidade das coisas previstas que se deve buscar a santidade”.

Reflita. Querer saber quem foi mais santo é uma curiosidade vã e cada um de nós deve concentrar-se nos deveres do seu estado de vida, que é o seu caminho particular para a santidade. Como a perfeição consiste em ser obediente a Deus no maior grau possível, esta deve ser a nossa meta. É inútil lermos todos os tratados espirituais e termos doutorado em Sagradas Escrituras ou mortificar-nos nas penitências mais violentas se formos insubmissos a Deus e nos revoltarmos contra a Sua vontade.

Santidade é buscar fazer a vontade de Deus

Pe. Jean-Pierre de Caussade, no livro “O Abandono à Providência Divina”, disse: “Se o amor próprio é o princípio das nossas ações, ou se não é retificado quando nos damos conta das suas investigações e curiosidades, seremos sempre pobres numa abundância que não é repleta pela ordem de Deus. Contudo, para de algum modo decidir a questão, penso que a santidade corresponde ao amor que temos ao beneplácito de Deus; e que quanto mais esta vontade e esta ordem forem amadas, seja qual for a ação material que elas prescrevam, tanto mais santidade haverá”.

Reflita. O que tem movido as suas ações? O amor próprio ou o amor a Deus? Qualquer realidade movida por nossos interesses desordenados não nos aproxima de Deus. Dessa forma, temos a resposta sobre a maior santidade n’Aquela que se identificou como a serva do Senhor e abriu mão da sua vontade para que fosse feita na sua vida o que fosse conforme a palavra do Senhor. A criatura que mais se abandonou à vontade de Deus no grau mais perfeito (pois não teve a mancha do pecado) foi a Santíssima Virgem Maria.

*Santidade é buscar fazer a vontade de Deus*

O caminho mais perfeito para a santidade

Pe. Jean-Pierre de Caussade, no livro “O Abandono à Providência Divina”, disse: “Deve, portanto, concluir-se que não há caminho particular que seja o mais perfeito; mas que o mais perfeito, em geral, é a submissão à ordem de Deus quer no cumprimento dos deveres exteriores quer nas disposições interiores. […] A santidade é simplesmente um fiat, uma disposição de vontade conforme à vontade de Deus; haverá coisa mais fácil? De fato, quem não pode amar uma vontade tão amável e tão boa? Amemo-la, pois; e este amor bastará para tudo em nós se tornar divino”.

Reflita. A santidade consiste em abandonar a própria vontade para cumprir a vontade de Deus. Como o Senhor tem um plano específico para cada um de nós e quer manifestar a Sua graça em diversos estados de vida, é natural que existam santos nas mais variadas vocações. Dessa forma, é inútil perder-se em discussões sobre qual seria o estado de vida mais perfeito. O que nos cabe é discernirmos onde Deus nos quer e caminharmos com desapego, obediência e amor.