É assim que Deus torna alguém santo
A santidade está acessível para todos nós, aliás, como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, todos nós temos como primeira vocação a santidade. Mas como podemos buscar essa realidade sobrenatural na nossa vida? Em primeiro lugar, vamos entender que toda graça é iniciativa de Deus que precisa da nossa correspondência para gerar efeito. Vamos refletir profundamente sobre isso com o excelente livro “O abandono à Providência Divina”, do padre Jean-Pierre de Caussade.
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É assim que Deus torna alguém santo
Você já parou para pensar em como alguém se torna santo? Homens e mulheres obedientes à vontade de Deus vão sendo formados por Ele e chegam a um grau de união extraordinário. Vamos refletir sobre isso no vídeo a seguir:
Deus sempre está formando santos
Pe. Jean-Pierre de Caussade, no livro “O Abandono à Providência Divina”, disse: “Em vão se imaginam outras formas de abandono das quais esteja excluída toda a atividade própria; quando a ordem divina é que move a alma, está em ação a santidade. […] Deus forma os santos como bem lhe apraz; a sua ordem é que os faz a todos e todos devem ser sujeitos a esta ordem; esta sujeição é o verdadeiro abandono, é o que há de mais perfeito”.
Reflita. Não precisamos pensar em formas extraordinárias de buscar a santidade. Deus continua formando santos no cotidiano, no ordinário da vida. Ninguém se tornará santo abandonando a sua missão, a sua vocação, para se aventurar em anseios pessoais. É preciso obediência e humildade para reconhecer a voz de Deus naquilo que o mundo considera pequeno e sem valor.
Cumprir os deveres e acolher as inspirações
Pe. Jean-Pierre de Caussade, no livro “O Abandono à Providência Divina”, disse: “Além dos deveres impostos a cada um pelo próprio estado, Deus pode ainda pedir certas ações que não estão contidas nesses deveres, conquanto não lhe sejam opostas. A inclinação e a inspiração são nesse caso o sinal da ordem divina; e o mais perfeito para as almas que Deus assim conduz é ajuntar às coisas prescritas as coisas inspiradas, mas com as precauções que a inspiração exige para não lesar os deveres de estado nem as coisas de pura Providência.
Reflita. Quando somos fiéis no pouco, Deus confia mais. Para trilharmos o caminho da santidade, precisamos realizar bem as nossas obrigações. A partir do momento em que estamos bem ordenados na nossa vocação, Deus se alegra e nos inspira a passos mais ousados. Todo santo faz algo além das suas obrigações, além de suas expectativas. Você quer mais ou se contenta em fazer somente sua obrigação?
Os santos fizeram assim
Pe. Jean-Pierre de Caussade, no livro “O Abandono à Providência Divina”, disse: “O cumprimento dos deveres de estado e a aceitação das disposições da Providência é o patrimônio comum de todos os santos. Vivem escondidos na obscuridade, para evitar os funestos obstáculos do mundo; mas não é nisso que fazem consistir a própria santidade, a qual toda se resume na submissão à ordem de Deus. Quanto mais esta submissão se torna absoluta, tanto mais eles se santificam”.
Reflita. Não importa o estado de vida pelo qual caminharam, todos os santos seguiram a trilha da obediência a Deus e renúncia da própria vontade. Quando silenciamos as vozes dissonantes do mundo passamos a ouvir a voz de Deus com mais clareza. Você tem tentado ouvir a voz de Deus ou a voz da sua própria vontade?
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Referências:
CAUSSADE, J. P. O Abandono à Providência Divina. 1ª Ed. Dois Irmãos: Minha Biblioteca Católica, 2019.
FONSECA, A. O. Como reconhecer a vontade de Deus? Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=a21Qu95zuhM>.