Por que a vida é tão complicada?
Por que a vida é tão complicada? Diante de tanta agitação e opções desnecessárias, muita gente acaba se fazendo essa pergunta por sentir-se como “um cego no meio de um tiroteio”. Sabe aquela imagem do cão correndo atrás do próprio rabo? Assim está a vida de muitos que deixam de lado o que deveria ser prioridade e se afundam num mar de distrações. Você se sente assim?
Ao ver Marta, cheia de boas intenções, mas agitada no meio de tantas tarefas que tiravam o seu olhar da prioridade, Jesus a adverte dizendo que “uma só coisa é necessária” e que existe uma “melhor parte” que devemos escolher. E qual seria essa melhor parte? Estar na presença do Senhor e santificar as nossas ações por meio da escuta e da ação bem coordenada.
Trabalhemos na obra de nossa santificação
Pe. Jean-Pierre de Caussade, no livro “O Abandono à Providência Divina”, disse: “Se a obra da nossa santificação nos oferece dificuldades tão insuperáveis na aparência, é porque não temos dela uma ideia exata. De fato, a santidade reduz-se toda a uma só coisa – a fidelidade à vontade de Deus. Ora, esta fidelidade está ao alcance de todos, tanto na sua prática ativa como no seu exercício passivo. A prática ativa da fidelidade consiste no cumprimento das obrigações que nos são impostas, quer pelas leis gerais de Deus e da Igreja, quer pelo estado particular que abraçamos. E o exercício passivo consiste na aceitação amorosa de tudo o que Deus nos envia a cada instante”.
Deus quer que sejamos santos como Ele é santo. Eis então a obra que deve ocupar a nossa vida: a nossa santificação. E se a santidade nos parece algo complexo que exige mecanismos acima do nosso alcance, é bem provável que estamos complicando o que deveria ser fácil.
Complicar o que deveria ser fácil parece ser o esporte favorito da geração atual, que cria confusão até na fila do banco. É tanta desordem interior que quando abrem a boca, as pessoas deixam bem claro o lodo do qual o coração está cheio. É tempo de mudarmos essa realidade.
Paremos de complicar o que deveria ser fácil
Pe. Jean-Pierre de Caussade, no livro “O Abandono à Providência Divina”, disse: “Aprendei, pois o que pareceis ignorar. Este Deus de bondade tornou fáceis de adquirir todas as coisas necessárias e comuns na ordem natural, como o ar, a água e a terra. Nada mais necessário do que a respiração, o sono e o alimento; nada também mais fácil. O amor e a fidelidade não são menos necessários na ordem sobrenatural; por isso a dificuldade em os alcançar não deve ser tão grande como imaginamos”.
O que você pensaria de um pai que desse carro novo a um filho que está passando fome? Ou de uma mãe que dá um smartphone de última geração a uma filha que só precisava de um abraço? Nessa sociedade das aparências, estamos complicando as coisas ao buscarmos o extraordinário e ao deixamos a prioridade para depois. Deus não é assim, já que nos dá o necessário primeiro. O resto sempre vem por acréscimo no tempo oportuno.
Deus é bom e está a todo momento querendo derramar graças na nossa vida. O problema é que nós fechamos a porta ao seu projeto de amor e escolhemos a falsa liberdade e o falso amor pregado pelo mundo. Se você tem sofrido com suas más escolha e tem sido usado(a) pelas pessoas porque não se valoriza, dê uma chance para o Senhor mostrar o quanto te ama.
Não complique o que deveria ser fácil
Deus é bom o tempo todo e o tempo todo está nos dando a capacidade de crescermos espiritualmente e agradá-lo, pois somente assim seremos plenamente realizados e felizes. O problema é que nós mesmos complicamos as coisas e tornamos difíceis o que deveria ser fácil. Se você quer refletir mais sobre este assunto, assista o vídeo a seguir:
Referências:
CAUSSADE, J. P. O Abandono à Providência Divina. 1ª Ed. Dois Irmãos: Minha Biblioteca Católica, 2019.
FONSECA, A. O. Não complique o que deveria ser fácil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=3t3of3V19zw>.