O homem tenta substituir Deus por si mesmo quando coloca no altar as suas próprias necessidades e não pensa mais no Senhor como motor e inspiração de suas boas ações. A opção preferencial pelos pobres defendida pela Igreja nada mais é do que a imitação de Cristo, feito pobre e despojado pela nossa salvação. Amar os irmãos e ajudá-los nas suas necessidades, por amor a Cristo, é bom e agradável a Deus.
Onde está o problema?
Padre Paulo Ricardo, em formação sobre Fátima e o Comunismo, disse: “O erro não está na preferência pelos pobres. O erro está na luta de classes. O problema é que aquilo que às vezes se chama ‘preferência pelos pobres’ não é preferência pelos pobres. É simplesmente uma luta de classes para fazer cair um sistema e implantar uma ditadura socialista e a elite do partido ficar no bem bom”.
Ora, se Cristo despojou-se completamente, não existe a possibilidade de uma verdadeira opção pelos pobres quando tais pobres são estimulados ao apego a ideologias, partidos políticos e líderes sociais. Quando o pobre é usado como massa de manobra para uma luta de classes que só enriquece uma elite que lucra com tal luta, vemos a instrumentalização do Evangelho e a falsificação dos verdadeiros valores cristãos.
Obviamente, muitos padres e leigos caem nesse jogo maligno sem a intenção de servirem aos ideais revolucionários socialistas. Entretanto, de propósito ou não, muitos acabam trabalhando ativamente para a instauração de sistemas que, em sua essência, são contrários aos pilares do Evangelho.
Você entende que não adianta falar que ama os pobres quando se defende o aborto, as uniões ilegítimas e a destruição da família? De que vale falar de amor quando, na primeira oportunidade, aparece o ódio a tudo o que é sagrado e tradicional? Tome cuidado com a falsa opção pelos pobres defendida por aqueles que deixaram Cristo de lado. Estes fizeram uma opção pelos regimes políticos e os colocaram no lugar de Deus.
A verdadeira opção pelos pobres
A famigerada “opção preferencial pelos pobres”, quando vivida com sinceridade, nada é mais que a imitação de Cristo, que se fez pobre por amor a nós e por nossa salvação. O problema é quando esse discurso se torna mera “fachada” e ideologia. Neste breve vídeo, extraído da aula “Fátima e o Comunismo”, Padre Paulo Ricardo explica por que tantos sacerdotes defendem ideias socialistas, quando é tão clara sua incompatibilidade com a fé cristã. Assista e reflita:
Tenho percebido que a utilização da Igreja como veículo político tem feito esfriar a caridade de muitos. Em tempos de confusão, as informações desencontradas podem levar pessoas a jogar tudo no pote das ideologias e politização. Por isso, vale o alerta: Jesus Cristo nos orienta a fazermos caridade aos pobres como se estivéssemos fazendo a Ele mesmo e realmente estamos! Além disso, muitos pobres não estão com fome simplesmente de comida, mas também das palavras de vida eterna que transformam a existência de qualquer um.
O que você pode doar? Ninguém é tão pobre que não tenha tempo, amor, disponibilidade para ensinar ou rezar. De alguma forma, você e eu somos chamados a fazer com que os talentos depositados por Deus na nossa conta possam render. Pergunte ao Espírito Santo: o que vamos fazer juntos hoje?
Referências:
RICARDO, P. Por que alguns padres defendem ideias socialistas? Padre Paulo Ricardo, 2022. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=r723qqsGIIY> Acesso em: 1 de dezembro de 2023.