Você percebe a decadência da nossa civilização? Se tem a mínima noção de moral, dignidade, fé, beleza e valores, você é capaz de notar que atingimos um ponto de acelerada deterioração da humanidade. Por que isso acontece? Como escapar dessa destruição da humanidade? Venerável Fulton Sheen nos ajuda a recuperar o foco.
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A decadência da nossa civilização
Venerável Fulton Sheen disse: “Toda civilização começa a decair quando o sujeito sozinho é tudo o que importa. O grande Eu! Eu decido que é certo, eu decido que é bom, e portanto o é. (…) Então a nossa civilização decai quando abandonamos os padrões, objetivos, objetos, propósitos e destinos”.
Refletindo sobre as palavras deste santo homem, notamos sinais claros que indicam sua plena realização na atual sociedade. Pessoas que colocam suas vontades no centro e acreditam que vale tudo em busca de prazer assumiram posições de destaque.
O que importa engravidar uma mulher e não assumir o compromisso da paternidade? O que importa abortar um ser inocente e permanecer na vida promíscua e de abusos? O que importa dirigir em alta velocidade e colocar a vida dos outros em risco? Qual o problema de consumir drogas sem pensar nas consequências? Neste cenário, o que importa é continuar tendo diversas experiências estimulantes e criar as próprias regras. Mas até quando o ser humano suporta viver de experiências, usando e sendo usado, até perceber a falta de sentido nisso tudo? Uma sociedade desordenada, longe de Deus, é regida pelo caos e caminha para a sua destruição.
Qual é o seu propósito?
Venerável Fulton Sheen disse: “A vida não é feita apenas de experiências intensas, mas de experiências intensas em relação com um objeto. Isso é propósito. Isso é felicidade. Isso é alegria”.
Antes de sairmos por aí gritando para as pessoas acordarem do seu entorpecimento, precisamos nós mesmos realizarmos a experiência pessoal com a Verdade, que é Cristo. Quando descobrimos o novo significado eterno da nossa existência, cada ato diário passa a ter novo sentido. Não se trata de uma vida repleta de prazeres sensíveis e passageiros, mas de uma existência cheia da graça de Deus, o que é infinitamente melhor.
Grandes coisas nos esperam
Tenhamos consciência de que os sofrimentos da vida nos ajudam a pavimentar o caminho rumo ao céu. São João Paulo II disse: “Tal é o sentido do sofrimento: verdadeiramente sobrenatural e, ao mesmo tempo, humano; é sobrenatural, porque se radica no mistério divino da Redenção do mundo; e é também profundamente humano, porque nele o homem se aceita a si mesmo, com a sua própria humanidade, com a própria dignidade e a própria missão”. Precisamos discernir a nossa missão dentro de nossas vocações, pois Deus tem algo grande para nós.
Santo Agostinho confirma tudo isso ao dizer: “Grandes coisas o Senhor nos promete no futuro! Por que a fraqueza humana ainda hesita em acreditar que, um dia, os homens viverão em Deus? Muito mais incrível é o que já aconteceu: Deus morreu pelos homens“. A frase do Santo de Hipona nos ajuda a entender que, mesmo diante de nossas limitações, o que Deus prometeu para nós é superior a tudo o que a ciência humana poderia produzir ou imaginar. Por que ficarmos presos a migalhas?
Referências:
SHEEN, Fulton J. A vida vale a pena. Produção de William McDonnell, Sr. e Matt Connolly. Estados Unidos: The Fulton Sheen Program, 2001. 1 DVD.
João Paulo II. Carta Apostólica Salvifici Doloris. Disponível em: https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/apost_letters/1984/documents/hf_jp-ii_apl_11021984_salvifici-doloris.html. Acesso em: 19 jul. 2023.