Você costuma sentir que sua oração não agradou a Deus? Seja por falta de devoção, de atenção, de fé, ou por maus pensamentos, muita gente acaba sentindo que a sua oração foi indigna e que não merece ser atendida por Deus. Até mesmo há pessoas que pensam que a oração mal feita é o motivo de uma graça ainda não ter sido alcançada. Será que é isso mesmo? Vamos refletir sobre isso a seguir.
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Por que você reza?
Antes de refletir sobre a validade de uma oração, é preciso pensar sobre o motivo pelo qual você reza. No que se baseia a sua oração e de que maneira você tem rezado? Padre Leonardo disse: “Nós rezamos para louvar, adorar, agradecer a Deus. Então Deus é o objeto da minha oração, não eu. Se eu vou para diante do Santíssimo, se eu vou rezar meu Terço, se eu vou fazer minha leitura espiritual e eu não sinto nada, isso não importa”.
A frase do sacerdote pode parecer impactante, mas é muito real. Muitas dúvidas sobre a maneira que temos rezado brotam de uma preocupação egoísta consigo mesmo, e não de uma autêntica vontade de agradar a Deus. Se isso acontece com você, é preciso mudar o foco da sua vida espiritual e nós vamos refletir mais sobre isso a seguir.
Como saber se a minha oração foi válida?
No vídeo a seguir, padre Leonardo dá uma catequese muito esclarecedora sobre este ponto específico da oração. Afinal, a oração que você tem feito é válida, mesmo com tanta imperfeição? Descubra a resposta a seguir:
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Na mesma linha das palavras do padre Leonardo está o que diz Santo Inácio de Loyola: “O ser humano é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus nosso Senhor, e, assim, salvar-se”.
Ou seja, nossa preocupação não deve estar naquilo que sentimos, mas em nossas reais disposições em amar e servir a Deus. Para isso fomos criados e só assim encontraremos a verdadeira paz.
Como é a vida de quem sofre com escrúpulos?
O escrúpulo aparece como uma ameaça secreta que impede os cristãos de acreditarem na infinita misericórdia e na graça de Deus.
Como é a vida para quem sofre de escrúpulos? Algumas características sobre eles são:
- Costumam esconder seus escrúpulos;
- Preocupam-se seletivamente;
- As coisas que podem incomodar os outros não são percebidas por eles;
- Números podem ser mágicos (ou seja, contar orações, verificar várias vezes o número de Ave-Marias no terço etc.);
- Seus sentimentos os confundem;
- Alguns recorrem ao álcool;
- A sexualidade os assusta;
- Estão sempre preocupados;
- Muitas vezes lavam ou verificam as coisas em excesso, ou certificam-se de que os objetos sejam colocados em uma determinada ordem;
- Podem sentir o perigo de um pecado mortal a qualquer momento.
Santo Inácio de Loyola também disse: “Orai como se tudo dependesse de Deus, e trabalhai como se tudo dependesse de vós”.
Lutemos para vencer as vãs preocupações rezando a Deus com confiança e trabalhando com desapego de nós mesmos. Tenhamos em mente que tudo concorre para o bem daqueles que amam ao Senhor e sigamos firmes na caminhada. Deus abençoe você!
Referências:
ORNUM, William Van. A luta secreta dos santos Inácio e Afonso: a escrupulosidade. Aleteia.org, 29 jul. 2013. Disponível em: https://pt.aleteia.org/2013/07/29/a-luta-secreta-dos-santos-inacio-e-afonso-a-escrupulosidade/. Acesso em: 20 jun. 2023.