Em uma rica palestra na Associação Católica de Historiadores, um homem corajoso levantou sua voz contra os equívocos cometidos sobre a Doutrina Social da Igreja. Dom Gil Antônio é Arcebispo da Arquidiocese de Juiz de Fora e seu episcopado tem sido marcado pela defesa da fé em tempos de tantos abusos. No fim deste conteúdo você poderá assistir a sua fala na íntegra.
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O que salva a pessoa humana?
Dom Gil Antônio disse: “O que vai salvar a pessoa humana não é uma posição política. É uma política de posição, uma política baseada naquilo que vem do alto, segundo a nossa fé. Afinal, em Cristo somos livres. Nossas reflexões, nossas opções, partem da fé e não de um dado puramente sociológico. Nós nos inspiramos n’Aquele que nos salva, n’Aquele que veio para nós e com quem temos uma relação pessoal”.
Muita gente acha que vai se salvar empilhando boas obras diante dos homens, mesmo tentando esconder seus pecados. Aos homens podemos enganar, mas e a Deus? Ele quer o sacrifício de um coração que o ama acima de todas as coisas. As boas obras realizadas com o intuito de agradar a Deus, com desapego de si mesmo, em espírito de oração, são meritórias. Entretanto, tudo o que fazemos em desacordo com os ensinamentos do Senhor, mesmo que tenha um aspecto positivo aos olhos deste mundo, não tem o menor valor.
A Igreja não segue princípios ateus
O Arcebispo de Juiz de Fora disse claramente: “A Igreja tem seu caminho iluminado pelo Evangelho e não crê na solução de certas correntes ateias do século XIX e princípio do século XX. A Igreja não acredita em marxismo e os métodos comunistas para a questão social não são métodos que ela possa abençoar”.
Muitos sistemas políticos tentam se aproveitar do Evangelho para autorizar seus abusos, mas utilizam apenas trechos da Palavra de Deus que lhes convém. Fica evidente que a Igreja não pode abençoar e validar posições políticas que usam parte do Evangelho mas rejeitam a sua totalidade, inclusive rejeitando a majestade de Deus. Para algumas correntes atuais, o novo rei que deve ser idolatrado é o próprio homem e não existe nada mais anticristão do que essa visão.
Dom Gil trouxe a questão revolucionária para os tempos atuais e disse: “Mesmo quando os métodos da revolução armada são substituídos por métodos de transformação das culturas, tais soluções não se justificam porque seus fins não são legítimos, uma vez que excluem Deus, minimizam a família e justificam meios duvidosos”.
Atualmente vivemos essa revolução cultural que vai penetrando no imaginário popular e dominando as massas, tornando-as cada vez mais revoltadas contra todo o tipo de ordem, moral, fé, amor verdadeiro, enfim, contra tudo o que remete a Deus.
Doutrina Social da Igreja – Dom Gil Antônio Moreira
A seguir, você confere a palestra na íntegra e perceberá que muitos estão cometendo sérios erros contra a Doutrina Social da Igreja, que tem opção preferencial pelos pobres sem se esquecer de Deus. Os sistemas que dizem amar os pobres pregam os mandamentos da lei de Deus e a vida reta? A resposta a essa pergunta pode começar a te abrir os olhos sobre a questão. Assista:
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