Ninguém pode falar sobre o Concílio Vaticano II? Reflexão sobre um erro grave
O Concílio Vaticano II foi realizado entre 1962 e 1965, considerado o grande evento da Igreja Católica no século XX, com o objetivo de modernizar a Igreja e atrair os cristãos afastados da religião – mas ele carrega brechas que foram usadas para inserir erros graves na Igreja.
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Sobre o Concílio
O Concílio é a assembleia de todos os bispos do mundo ou de uma representação dos bispos do mundo inteiro que, em comunhão com o Papa, procura esclarecer questões de fé, de moral ou da vida prática da Igreja.
O Papa João XXIII, no Discurso de abertura do Concílio Vaticano II demonstrava ânimo e excelentes intenções. são dele as seguintes palavras: “O Concílio, que agora começa, surge na Igreja como dia que promete a luz mais brilhante. Estamos apenas na aurora: mas já o primeiro anúncio do dia que nasce de quanta suavidade não enche o nosso coração! Aqui tudo respira santidade, tudo leva a exultar!”.
No mesmo discurso, o pontífice também disse: “Cristo sempre a brilhar no centro da história e da vida; os homens ou estão com ele e com a sua Igreja, e então gozam da luz, da bondade, da ordem e da paz; ou estão sem ele, ou contra ele, e deliberadamente contra a sua Igreja: tornam-se motivo de confusão, causando aspereza nas relações humanas, e perigos contínuos de guerras fratricidas“.
As intenções e os documentos produzidos parecem estar em total acordo com a fé católica, mas por que falam deste Concílio como que contendo armadilhas perigosas?
Qual o problema do Concílio Vaticano II?
Nesta entrevista do Contraponto, Bruno Magalhães recebe José Carlos Sepúlveda, analista político e colunista conservador, que fala do maior problema das conferências no Vaticano II: “eles se silenciaram diante do comunismo”. Assista e entenda:
O problema do Concílio Vaticano II parece ter sido a omissão diante de males que avançavam no mundo. A Igreja deveria ter papel fundamental para conter o avanço do mal (como também deveria ter diante de algumas realidades atuais), porém, muitas vezes são os leigos, e não a alta hierarquia do clero, que se arrisca para defender o nome de Cristo.
O Papa João XXIII, na Encíclia Pacem in terris, disse: “A paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus“.
Ora, se não há verdadeira paz sem o pleno respeito da ordem estabelecida por Deus, a Igreja deveria ser a principal responsável por ensinar e propagar – com muita caridade – essa mesma ordem. Omitir a verdade nos tempos em que ela é mais necessária parece ser uma grave omissão. Que Deus dê ânimo, força, coragem e discernimento para o povo de Deus.
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Referências:
JOÃO XXIII, Papa. DISCURSO DE SUA SANTIDADE PAPA JOÃO XXIII NA ABERTURA SOLENE DO SS. CONCÍLIO. Vatican. Roma, 1962. Disponível em: <https://www.vatican.va/content/john-xxiii/pt/speeches/1962/documents/hf_j-xxiii_spe_19621011_opening-council.html>. Acesso em: 13 jun. 2023.