Ninguém sabe a hora da sua morte, mas muitas pessoas se arriscam pensando que terão tempo de se arrependerem de seus pecados quando a hora chegar. Muitos assumem o risco de adiar a conversão para o momento final, podendo perder a salvação eterna ao trocá-la por migalhas passageiras. Será que os prazeres do mundo valem mais que uma eternidade feliz? Você quer pagar para ver?
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Santo Afonso Maria de Ligório tem um jeito todo especial para nos despertar sobre as realidades eternas. Será que você tem se preparado para morrer? Qual o estado da sua alma? Se morresse neste momento, tem a segurança de que se salvaria? Neste tempo de total esfriamento da fé, precisamos meditar sobre essas verdades.
O pecado cega
Não nos diz o Senhor que nos preparemos quando chegar a morte; mas que estejamos preparados. Quando chega a morte, no meio da grande perturbação e confusão, será quase impossível por em ordem uma consciência embaraçada. Isto nos diz a razão. Assim também nos ameaça Deus, dizendo que então virá, não para perdoar, mas para punir o desprezo que fizermos das suas graças: Mihi vindicta, ego retribuam — “A mim pertence a vingança, eu retribuirei”. Diz Santo Agostinho que será justíssimo castigo para quem não quis salvar-se quando pode, o não poder salvar-se quando quiser.
Dirá alguém todavia: Quem sabe? Talvez nesse momento me converta e me salve. Pois que! Lançar-te-ias num poço dizendo: Quem sabe? Talvez, atirando-me, fique com vida e não morra? Meu Deus! Que coisa! Como o pecado cega o espírito, a ponto de lhe fazer perder a razão! Quando se trata do corpo, falam os homens como sábios; e falam como insensatos quando se trata da alma.1
Busquemos o equilíbrio
Neste tempo de vaidades e vãs preocupações, como é fácil gastar tempo excessivo nas academias, salões de beleza, trabalhando ou em diversos entretenimentos, num esforço para satisfazer a carne. Mas quanto tempo temos investido em satisfazer as necessidades do espírito? Nossa alma tem sede de Deus e pagaremos um preço muito caro se não buscarmos o Senhor enquanto Ele se permite ser encontrado. Não esperemos a fraqueza, a idade avançada e a doença para nos convertermos, pois podemos ter uma ingrata surpresa a qualquer momento. Reflita e compartilhe este conteúdo com mais pessoas.
Referências:
- LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 267-269