Você sabe o que acontece quando o homem se comporta feito bicho? Diante de tantas aberrações que vemos atualmente, percebemos que quando um ser humano é dominado por suas vontades e instintos mais baixos, é capaz de se comportar pior do que os animais irracionais. Precisamos pensar sobre isso e reordenar nossa natureza decaída para Deus.
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É preciso manter o equilíbrio
Todo ser humano é chamado a lutar para conquistar a virtude da temperança, que ordena nossas paixões e impede que tenhamos atitudes como as dos bichos. Quando fala-se de uma extrema liberdade e todos querem reivindicar seus direitos, pouco fala-se dos deveres. É óbvio que se cada pessoa sai por aí fazendo o que quer, em algum momento vai ferir o querer do outro e essa sociedade sem ordem torna-se o caos insuportável.
Quando o homem se comporta feito bicho
Chegamos a tal nível de decadência que é quase uma “heresia”, segundo os guardiões do politicamente correto, você afirmar o fato óbvio de que existe uma hierarquia na Criação, na qual o ser humano está acima de qualquer outro animal. Resultado: além de negar a própria realidade, muitos assumem um estilo de vida que os leva a colocar-se abaixo dos animais, tornando-se escravos de seus instintos. Veja uma constatação óbvia, feita por padre Paulo Ricardo:
Tudo pela graça de Deus
Quando o homem se comporta feito bicho, percebemos imediatamente que isso aconteceu porque ele abandonou a Deus. Se queremos vencer os impulsos desordenados e alcançar uma vida virtuosa, precisamos constantemente do auxílio da graça de Deus. Esse auxílio só é recebido por aqueles que pedem insistentemente por meio da oração.
É necessário esforço
Monsenhor Jonas Abib nos fala sobre a importância do esforço para vencer as paixões:
“Não se pode deixar a natureza humana livre, fazendo o que quer. Atente-se para esta comparação: não é verdade que, num terreno, é muito fácil crescer mato? Você tem de lidar muito para acabar com essas ervas daninhas, para que possa fazer um canteiro e plantar verduras que lhe sejam úteis. O mato, porém, nem é necessário ser plantado. Se não se tomar cuidado, ele cresce no meio das hortaliças que você plantou e acaba por sufocá-las. O mesmo acontece com nossa natureza humana. Livre, ela é como o mato. Por essa razão, precisamos crucificar nossa carne com suas paixões e seus desejos. Há muitos cristãos que pensam que isso é exagero, é trucidar-se.
Repare no versículo 24 de Gálatas: ‘Os que pertencem o Cristo crucificaram a carne com suas paixões e desejos’.
Se você não pegar a ‘enxada’ hoje, amanhã e depois de amanhã, para cortar o ‘mato’ de sua vida, ele vai crescer e todos os frutos da carne vão florescer em você: libertinagem, impureza, devassidão, idolatria, magia, ódios, discórdia, ciúme, cólera, rivalidades, dissensões, facções, inveja, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Por isso, a vida cristã é um contínuo combate. Não apenas um combate exterior, mas principalmente interior. É preciso combater nossa natureza humana, não a deixar livre; ao contrário, devemos podá-la e crucificá-la”.¹
Portanto, não sejamos acomodados e tenhamos a importante atitude de vigília e oração nessa luta contra a carne, contra o mundo e contra o maligno. Se este conteúdo foi útil para você, compartilhe!
Referências:
- ABIB, Jonas. Como vencer as paixões da carne? Padrejonas. Cachoeira Paulista. Disponível em: <https://padrejonas.cancaonova.com/informativos/artigos/como-vencer-as-paixoes-da-carne/>. Acesso em: 23 out. 2022.