Os filósofos modernos e grandes pensadores aclamados pela mídia vendida costumam acusar a Igreja Católica de tentar doutrinar as pessoas e empurrar alguns pensamentos “goela abaixo”. A seguir vamos refletir sobre isso e você perceberá que eles acusam a Igreja Católica daquilo que eles são.
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Não há como fugir da verdade
Quem está falando a verdade? A Igreja ou quem a acusa de manipulação? Santo Agostinho nos ajuda a ter um discernimento adequado sobre a verdade não só nesta situação específica, mas em todas as ocasiões da vida:
Pela razão, basta verificarmos friamente os fatos:
O que a Igreja ama e defende, quais seus valores e princípios? O que está na base seu discurso e o que norteia seus ensinamentos?
O que os livres pensadores e filósofos ateus defendem e quais seus valores e princípios? O que está na base seu discurso e o que norteia seus ensinamentos?
A agressividade de uma mensagem contra a perenidade da verdade deveria bastar para deixar evidente quem está do lado certo. Entretanto, muitos professores nas universidades e celebridades do mundo científico humilham os católicos e afirmam que eles deveriam ter pensamento crítico. Mas o que é o pensamento crítico?
O que é o pensamento crítico?
A resposta para essa pergunta foi formulada com o argumento das próprias universidades:
O pensamento crítico nada mais é do que uma avaliação voluntária diante de um fato, experiência, conteúdo ou comentário que argumenta para elaborar uma resposta diante desse estímulo. Pensar de modo crítico envolve uma correta observação inicial, seguida por um julgamento diante do cenário observado. Entretanto, esse julgamento nunca pode ser realizado automaticamente ou de maneira impulsiva. Ele procura por referências, motivos e argumentos que sustentem a resposta adotada.
Observação: o discernimento dos espíritos é um dom que provém do Espírito Santo e nos permite discernir, examinar, nas outras pessoas e na comunidade o que é de Deus, o que é da natureza ou o que é do maligno. Assim, nos ajuda a tomar as melhores decisões diante das escolhas que precisamos fazer. Para um católico, ter pensamento crítico é ter discernimento.
Na prática
Imagine que um colega de trabalho tenha se comprometido a entregar um relatório importante até a manhã do dia seguinte.
Esse colega é de confiança e, portanto, você sai do trabalho no horário de costume, com toda tranquilidade, contando com o documento para apresentar em uma reunião com um cliente.
Porém, no dia seguinte, seu colega não aparece no escritório, não atende o celular, nem dá qualquer explicação sobre a ausência.
Sua primeira reação, provavelmente, será sentir raiva, já que ele atrapalhou suas atividades e, no mínimo, dificultou a organização da sua reunião.
Ao ser questionado por seu chefe sobre o relatório, você acaba reclamando da postura do seu colega e o rotulando como irresponsável.
Depois de encontrar o cliente, no fim da tarde, você recebe notícias sobre seu colega, que teve uma emergência de saúde e vai ficar internado por alguns dias.
A tendência é que você se sinta culpado por ter se zangado e rotulado seu colega, certo?
Agora, vamos imaginar que você aplique o pensamento crítico (dom do discernimento) a essa mesma situação.
Sem notícias, você usa o senso crítico para buscar razões para a falta de seu colega. Afinal, ele é de confiança e não costuma nem se atrasar para o trabalho. Para os católicos, essa é a hora de rezar e pedir auxílio ao Espírito Santo de Deus.
Não é difícil imaginar qualquer emergência grave, seja ela familiar ou de saúde.
Esse raciocínio faz com que você entre em contato com um familiar próximo ao seu colega, que informa que ele está em um hospital e que o relatório está quase pronto – só precisa de uma última revisão.
De posse dessas informações, é possível solicitar acesso ao arquivo ao departamento de Tecnologia da Informação, ou pedir que o familiar envie o relatório por e-mail.
Repare que, além de evitar conflitos e rótulos desnecessários, o pensamento crítico (a ação do Espírito) livrou você do retrabalho na composição de um novo relatório e também de cair no pecado do julgamento do colega.
Eles acusam a Igreja Católica daquilo que eles são!
Quem não usa o pensamento crítico, apenas tenta acusar a Igreja de manipulação e faz uma listagem de seus erros catalogados em tendenciosos livros de História. Sem um estudo calmo e aprofundado sobre o contexto de cada situação e seus desdobramentos, é impossível fazer um justo juízo. Aliás, estudo calmo e aprofundado dá trabalho, palavra que causa repulsa em algumas classes de pensadores modernos.
Os filósofos da moda acham que a verdade não existe e só o que existe é um processo linguístico de manipulação, mas como chegar a essa conclusão sem entender nada de manipulação? Sabe quando uma pessoa é ciumenta demais porque tem algo a esconder? Assim também são os acusadores da Igreja, que a culpam de fazer o que eles mais fazem. Veja como padre Paulo Ricardo resume essa história:
Finalizo este conteúdo com uma frase do escritor católico inglês, G.K. Chesterton:
“Aqueles que estão sempre escavando e procurando coisas secretas sobre nós (católicos) nunca sequer olharam para as coisas mais evidentes sobre si mesmos. Temos apenas de perguntar-nos, como uma espécie de calafrio, o que teria sido dito se realmente tivéssemos confessado fazer parte de uma conspiração com tão pouca-vergonha quanto metade de nossos acusadores já o fez”.
Compartilhe este conteúdo para que mais pessoas possam exercitar o verdadeiro pensamento crítico, movido pelo Espírito Santo de Deus.