Há pessoas que não acreditam na existência do Inferno e nem do diabo, e por isso vivem de maneira cômoda e irresponsável. Pois bem, o Inferno existe e não está vazio; o diabo existe e causa grandes estragos nas almas que abrem brechas para a sua ação maligna. Hoje veremos o relato de um bispo que contou a reação impressionante do diabo durante um exorcismo.
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Dom Martin Gächter
Dom Martin Gächter é bispo auxiliar emérito de Basileia, Suíça, e tem 82 anos, 30 dos quais dedicou ao ministério do exorcismo. Dom Gächter foi ordenado sacerdote em 28 de junho de 1967. Em 3 de fevereiro de 1987, foi nomeado e recebeu a consagração episcopal em 28 de maio do mesmo ano. Serviu na diocese de Basileia até sua renúncia, por idade, em 22 de dezembro de 2014.
Confirmação de que a mulher estava possuída pelo demônio
O bispo disse, em entrevista concedida ao kath.ch, um serviço de notícias da Conferência Episcopal da Suíça, que uma mulher o procurou na mitra diocesana e disse que sempre a tiravam da cama à noite, fato que ela pôde comprovar com um vídeo.
“Enquanto conversávamos, estávamos em uma sala com fotos de nossos bispos anteriores. Ela ficava incomodada com a cruz peitoral que todos tinham. Um sinal do diabólico é quando não se pode suportar a presença de uma cruz”, explicou Dom Gächter.
“Depois fomos para outra sala onde não havia cruz, mas uma imagem da Mãe de Deus. Isso foi ainda pior para ela e fomos ao parque para continuar conversando. Percebi então que estava realmente possuída”, continuou.
A reação do diabo durante o exorcismo
Gächter informou o então bispo de Basileia, dom Kurt Koch, que “ordenou que fizesse um exorcismo junto com dois vigários episcopais”. “Tivemos 15 sessões com a mulher. Dois psiquiatras também participaram uma vez e nos confirmaram que ela não tinha epilepsia ou doença mental”.
Depois de afirmar que “um exorcismo não tem uma fórmula fixa” e que “na maioria das vezes rezamos livremente”, dom Gächter relatou que em uma sessão “a mulher imediatamente se jogou no chão, ficou com raiva e nos insultou. Seu corpo estava se contorcendo como no filme ‘O Exorcista'”.
“Seu rosto fez caretas horríveis. Ela estava irreconhecível. Sua voz também era completamente diferente, muito profunda, diabólica e rugindo. Foi horrível”.
O bispo disse que naquele momento “nós a abençoamos com a cruz e a água benta. Ela gritou em voz alta: ‘Isso está em chamas’. Era como se o diabo estivesse falando”.
“Sempre nos perguntamos se ela estava doente. Assim, eu fiz um teste: se eu a aspergia com água benta, o demônio gritava: ‘Queima!’. Então eu usei água da torneira normal. Não houve reação”.
“Foi assim que percebi que a água benta é mais do que uma lembrança do batismo: faz a diferença. Agora compreendo a afirmação de que o diabo tem medo da água benta”, destacou o bispo.
“Então ela voltava a ser normal e amigável. Não há mudança tão rápida quando há doença mental”, declarou.
A libertação
O bispo disse que soube que a mulher já estava liberta da possessão demoníaca quando, em uma das sessões de exorcismo, “de repente ela abriu os olhos. Ela nos perguntou em sua voz suave o que estávamos fazendo. Nós respondemos: ‘Nós oramos por você’. Ela pegou a cruz, abraçou-a e beijou-a. Então soubemos que ela tinha sido libertada”.
Mais informações sobre o exorcismo
Dom Gächter explicou que para ser um exorcista é necessário ser padre e ter uma “boa compreensão teológica e pastoral”, bem como conhecimentos psicológicos para “reconhecer doenças mentais como psicose, esquizofrenia, paranoia ou trauma” e disse que que recebe cerca de 40 consultas por ano, de pessoas que chegam da Croácia, Itália ou alguns países africanos.
O bispo exortou a não ter medo do diabo e pediu que as pessoas se defendam dele rezando. “Jesus nos exorta a permanecer vigilantes e a rezar devotamente todos os dias na oração do Pai Nosso ‘livrai-nos do mal’”.
“A oração de libertação nem sempre é sobre expulsar o diabo, mas sobre colocar algo que estava errado de volta no caminho certo”, disse.
A conclusão do bispo
Quando perguntado se há necessidade de orações de libertação, o bispo respondeu que “sim, e muito. Eu motivo as pessoas a confiarem mais em Deus. Eu lhes digo: Deus é mais forte que a doença, os diabos ou os demônios”. O bispo auxiliar emérito de Basileia concluiu afirmando que “uma oração é sempre boa, por isso rezo todos os dias pelas pessoas sobrecarregadas, porque são muitas”.