Veja o que o cardeal Gerhard Müller disse para quem pensa que a Igreja deve apoiar a prática homossexual
Diante da pressão por uma Igreja que não só aceite, mas também estimule a prática homossexual, é bom relembrar uma fala importante. Em fevereiro de 2022, o prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Gerhard Müller, deu uma resposta contundente àqueles que pedem que a Igreja Católica seja receptiva ao homossexualismo, incluindo alguns padres que exigem que pessoas em uniões homossexuais recebam o sacramento do matrimônio.
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Os trechos a seguir fazem parte de uma entrevista dada a Alejandro Bermúdez, no programa Cara a Cara, da rede de televisão católica EWTN. É bom salientarmos que essas falas são direcionadas a pessoas que querem seguir a Igreja Católica na obediência à Cristo e à Revelação. Quem quer seguir suas ideologias não tem o direito de enfiá-las na Igreja, pois não se encaixam.
A Igreja deve apoiar a prática homossexual?
O cardeal Müller foi enfático ao dizer que as “especulações” de que a Igreja Católica poderia abençoar uniões homossexuais ou celebrar o sacramento do matrimônio para pessoas nessas condições “não têm nenhum fundamento na Revelação”. “É um pensamento humano, mas não está de acordo com a Palavra de Deus”, disse.
Segundo Müller, Deus não criou o homem “segundo esta antropologia materialista, que distingue a sexualidade, o prazer sexual, da responsabilidade de procriar filhos e filhas”. Essa visão tem sido espalhada pelo mundo e tenta trazer um discurso de defesa da prática homossexual até mesmo dentro da Igreja. Atualmente há bispos e padres que se deixaram levar por essa ideologias.
Mas onde fica a compaixão?
Ainda em sua entrevista no programa Cara a Cara, o cardeal Gerhard Müller lamentou que alguns padres, que pedem à Igreja que administre os sacramentos às uniões homossexuais, “falem de compaixão”, pois esta “vem de Deus”.
O cardeal disse que a verdadeira “boa” vida para os homens ocorre “quando vivemos segundo os mandamentos de Deus”. Caso contrário, ele advertiu, “podemos cair em pecado”. Sobre as uniões homossexuais, Müller disse ainda que “a doutrina da Igreja é absolutamente clara” e “tem seu fundamento na antropologia revelada no Antigo e no Novo Testamento, na criação e também na instituição do matrimônio como sacramento, matrimônio constituído por um só homem e uma só mulher”. “Para Cristo, não podemos ser mais ‘gay friendly‘ ou não ‘gay friendly‘”, disse ele.
O cardeal salientou que os católicos “têm todo o respeito por essas pessoas que têm essas tendências”. “Não sabemos exatamente de onde vêm essas tendências, mas a sexualidade tem seu lugar único, lugar real, moral, sacramental, dentro do matrimônio de um homem e uma mulher.”
“O Catecismo da Igreja Católica explica claramente a doutrina da Igreja”, disse. Müller destacou também que a doutrina da Igreja Católica tem o seu fundamento “na Palavra de Deus”, na “Revelação que se faz finalmente em Jesus Cristo”.
O matrimônio é algo ultrapassado?
Sobre o argumento de que o matrimônio baseia-se em uma doutrina antiquada e medieval, o cardeal respondeu que também aqueles teólogos medievais, como são Tomás de Aquino, inspiraram-se na Revelação. “Não podemos mudar de acordo com ideologias”, disse o cardeal, que também explicou que a ideologia do gênero “não é uma ciência” e destacou que aqueles que a promovem “mudam de gênero de acordo com seus prazeres. E isso não é uma ciência”.
A luta pela conservação da fé
O prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé destacou que este dicastério da Santa Sé é o “mais importante, porque a tarefa primordial e fundamental do papa não é dar entrevistas, mas preservar a doutrina revelada, a fé revelada”.
“E esta é a tarefa da Congregação para a Doutrina da Fé: ajudar o papa nesta missão universal para toda a Igreja Católica, porque a doutrina da Igreja não é definida pelo papa, por este ou por outro papa, ou pelos bispos. A doutrina da Igreja tem seu fundamento na Revelação escatológica em Jesus Cristo”, reiterou.
Ao contrário de “um partido político”, que muda “seus programas de acordo com os eleitores”, os católicos “têm que ser fiéis à Revelação, à Palavra de Deus”.
“E temos esta antropologia: Deus criou o homem, varão e mulher, e esta é a base antropológica da doutrina da Igreja sobre o matrimônio”, concluiu.
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