Zumbis dentro da Igreja? Entenda o que são as falsas conversões
O fenômeno das falsas conversões tem enganado muita gente que acha que já faz a sua parte e fica com a consciência tranquila. Como zumbis dentro da Igreja, muitos passam por um primeiro momento de mudança de vida mas depois cumprem apenas os preceitos básicos de maneira automática. Essas pessoas aparentemente são católicas, mas em seu interior não possuem fé e não concordam em pontos fundamentais com a Igreja Católica. Será que você e eu somos de fato católicos?
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Todos nós precisamos de conversão
O Catecismo da Igreja Católica nos deixa claro que o chamado à conversão se estende a todos. Nos parágrafos 1427 e 1428 percebemos que há uma primeira conversão, feita pela adesão à fé católica, e uma conversão contínua que será um esforço ininterrupto por toda a vida para toda a Igreja. Vejamos:
1427. Jesus chama à conversão. Tal apelo é parte essencial do anúncio do Reino: “O tempo chegou ao seu termo, o Reino de Deus está próximo: convertei-vos e acreditai na boa-nova” (Mc 1, 15). Na pregação da Igreja, este apelo dirige-se, em primeiro lugar, àqueles que ainda não conhecem Cristo e o seu Evangelho. Por isso, o Batismo é o momento principal da primeira e fundamental conversão. É pela fé na boa-nova e pelo Batismo que se renuncia ao mal e se adquire a salvação, isto é, a remissão de todos os pecados e o dom da vida nova.
1428. Ora, o apelo de Cristo à conversão continua a fazer-se ouvir na vida dos cristãos. Esta segunda conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja, que “contém pecadores no seu seio” e que é, “ao mesmo tempo, santa e necessitada de purificação, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e de renovação”. Este esforço de conversão não é somente obra humana. É o movimento do “coração contrito” atraído e movido pela graça para responder ao amor misericordioso de Deus, que nos amou primeiro.
Entenda o que são as falsas conversões
Num primeiro momento um impacto e uma mudança de vida mas, a partir daí, um comodismo e a consciência tranquila de achar que já está fazendo a sua parte. O Catecismo nos parágrafos acima citados já deixou claro que a conversão é um processo contínuo que dura até o fim da nossa vida, portanto, quem sente-se seguro e confortável no seu estado de vida corre sérios riscos. Não trata-se de insegurança e inquietação, mas de temor a Deus e vontade contínua de fazer a Sua vontade, o que nos leva a buscar cada vez mais uma vida de santidade. Quem se acomodou vive uma falsa conversão e o Padre Leonardo nos explica de maneira bem clara:
Você realmente se converteu?
Que essa pergunta te leve a meditar profundamente sobre a sua vida, seus apegos, suas opiniões conflitantes com a opinião da Igreja, seus hábitos que não concordam com os ensinamentos de Jesus Cristo, enfim, pense no que ainda precisa ser convertido na sua existência. Que o Deus de amor te fortaleça e inspire nessa busca pela verdadeira santidade.