Os católicos do mundo inteiro adoram a Eucaristia, mas isso não consistiria na idolatria da qual somos acusados? Será que ao adorarmos este tão sublime sacramento estamos caindo em alguma falta grave que ofende a Deus?
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O que é a Eucaristia?
Em primeiro lugar precisamos entender o que é a Eucaristia e o texto de Mc 12 nos ajuda:
“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: ‘Tomai, isto é o meu corpo’.23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes, e todos beberam dele. 24Jesus lhes disse: ‘Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus'”.
Notemos que Jesus não diz “isto representa” ou “faz de conta” que isso é o meu corpo, mas diz com todas as letras que verdadeiramente “isto é o meu corpo”, ou seja, a Eucaristia instituída naquela mesa é o corpo de Cristo. A Eucaristia só existe pela invocação do Espírito Santo sobre os dons, realizada por um sacerdote ordenado que diz:
“Por isso, nós vos suplicamos: santificai pelo Espírito Santo as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas, a fim de que se tornem o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que nos mandou celebrar este mistério“.
Por que os católicos adoram a Eucaristia?
Santo Tomás de Aquino, ao falar sobre o sacramento da Eucaristia, nos ensina que este é o maior de todos os sacramentos, porque, “ao passo que nos outros sacramentos está contida uma certa virtude instrumental participada de Cristo, nele está contido o próprio Cristo substancialmente” (Suma Teológica, III, q. 65, a. 3). É por isso que a Igreja sempre prestou a este sacramento o culto de adoração, reconhecendo que, debaixo do véu das espécies eucarísticas, está escondido, realmente, ninguém menos que o próprio Deus.
Um remédio fortificante
Não podemos comungar de qualquer jeito e para saber mais você pode ler este conteúdo. Sendo assim, aqueles que se encontram em estado de graça, mas feridos pelos pecados veniais e pelos defeitos pessoais, no caminho da purificação, não devem deixar de recorrer ao sacramento da Eucaristia, tomando-o como “remédio fortificante”, para que os ajudem na luta contra o mal e na própria santificação. Aos demais, que não estão em estado de graça, a misericórdia do Senhor os alcança no sacramento da Confissão.