Em 1920, o Papa Bento XV deixou um importante recado para a humanidade e é muito propício que essa declaração seja lida nos dias de hoje. Diante dos acontecimentos e ideologias, com o acirramento dos ânimos e cada vez mais disputas por imposição de sistemas opressores, é importante meditar sobre o alerta que veremos.
Veja também:
Quem é o Papa para dizer alguma coisa?
Conduzidos pelo Espírito Santo de Deus, os Papas estiveram sempre à frente da Igreja de Cristo ao longo dos séculos, desde que Jesus disse a Pedro: “E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18). Neste versículo, Jesus chama o discípulo de Cefas, que passado para o grego significa Petrus – Pedra. Ou seja, a pedra sobre a qual Cristo edificaria Sua Igreja era de fato o próprio Pedro (Cefas). Através da sucessão apostólica, todos os Bispos válidos e legitimamente consagrados, em comunhão com o papa (o sucessor de São Pedro), são todos sucessores dos doze apóstolos.
Bento XV morreu em uma pandemia
Se o papa Francisco segue firme e forte durante a pandemia de coronavírus, Bento XV, seu antecessor de um século atrás, não sobreviveu a uma gripe fatal, possivelmente a espanhola, que foi de longe muito pior que a Covid-19 em número de mortes e contágios. Ele morreu no início da década de 1920, cerca de oito anos após ser eleito e enquanto o mundo se recuperava lentamente da passagem devastadora de um subtipo do vírus influenza.
Marcado pela Primeira Grande Guerra, o pontificado de Bento XV tentou desempenhar o seu papel. O Papa fez um discurso sobre a posição da Igreja e os seus deveres, enfatizando a necessidade de ter uma postura neutra, promover a paz e acudir aos deslocados e feridos. Fez diversas tentativas, infrutíferas, para negociar a paz, tendo o Vaticano sido excluído das negociações de paz no final da guerra. Após o armistício de 1918, Bento XV dedicou-se à reforma administrativa da Igreja, com o intuito de a adaptar ao novo sistema internacional emergente.
Uma mensagem ao mundo
Bento XV, em 1920, disse que:
“A esperança louca e o desejo de cada infeliz é o aparecimento rápido de um estado universal baseado na completa igualdade entre homens e mulheres e no uso comum das propriedades sem nenhuma distinção de nacionalidade, nem de autoridade de pais sobre filhos, dos poderes públicos sobre os cidadãos, nem de Deus sobre os homens que vivem em sociedade. Se tais princípios forem postos em prática, necessariamente se seguirão os mais tremendos horrores”. Motu Próprio, Bonum Sane, 25 de julho de 1920.
Apenas aqui queremos expor a mensagem de um homem que olhava para o futuro com o temor de quem ama o povo de Deus. Estejamos unidos em oração para que a vontade do Senhor, que é justa e agradável, possa prevalecer acima de toda a ideologia ou sistema maligno.