Em tempos comuns, a Igreja permite que os fiéis recebam a comunhão nas mãos ou diretamente na boca. Porém, por conta da pandemia, a opção preferencial tem sido receber o Corpo de Cristo nas mãos. De acordo com nossa Conferência Episcopal, que o solicitou à Santa Sé, a Comunhão na mão é permitida a todo aquele que assim deseja comungar. Mas como comungar na mão? Muitos equívocos acontecem e precisamos aprender o jeito certo.
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Como comungar na mão?
- Se decidirmos comungar na mão, devemos pôr a mão esquerda sobre a direita. Não pegamos a hóstia no ar, mas aguardamos que o ministro a coloque em nossas mãos, que formam como que um trono preparado para receber o grande Rei.
- Feito isto, comungamos imediatamente e na frente do sacerdote. É preciso também tomar cuidado para que não fique em nossa mão nenhuma partícula, sob a menor das quais o Cristo inteiro permanece presente.
- Se a Comunhão for distribuída sob duas espécies, devemos seguir as indicações que o diácono ou sacerdote nos derem. É bom lembrar, em todo o caso, que nunca é permitido “ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem receber na mão a hóstia molhada” (Congregação para o Culto Divino, Instrução “Redemptionis Sacramentum“, de 25 mar. 2004, n. 104 (AAS 96 [2004] 579).
Conheça algumas determinações da Igreja
- Os fiéis, ao comungarem na mão, e os ministros, ao distribuírem a sagrada Comunhão na mão, devem conhecer e respeitar as determinações da Igreja, a fim de salvaguardar o respeito e a adoração ao Senhor realmente presente.
- Os Padres da Igreja nos ensinam sobre o “Amém” que o fiel diz em resposta às palavras do ministro: “O Corpo de Cristo”. Este “Amém” deve ser a afirmação da fé: “Quando pedes a Comunhão, o sacerdote te diz: “O Corpo de Cristo”, e tu dizes: “Amém”, “é isto mesmo”; o que a língua confessa, conserve-o o afeto” (S. Ambrósio, De Sacramentis, 4, 25).
- O fiel que recebe a Eucaristia na mão, levá-la-á à boca antes de voltar ao seu lugar; apenas se afastará, ficando voltado para o altar, a fim de permitir que se aproxime aquele que o segue.
- É da Igreja que o fiel recebe a Eucaristia, que é a Comunhão com o Corpo de Cristo e com a Igreja. Eis porque o fiel não deve ele mesmo retirar a partícula de uma bandeja ou de uma cesta, como o faria se se tratasse de pão comum ou mesmo de pão bento, mas ele estende as mãos para receber a partícula do ministro da Comunhão.
- Recomenda-se a todos, especialmente às crianças, a limpeza das mãos, em respeito à Eucaristia.
- Será preciso previamente ministrar aos fiéis uma catequese do rito, insistir sobre os sentimentos de adoração e a atitude de respeito que se exige (cf. Dominicæ Cœnæ, n. 11). Recomenda-se que cuidem de que não se percam fragmentos de pão consagrado (cf. Congregação para a Doutrina da Fé, 2 mai. 1972, Prot. n. 89/71, em Notitiæ 1972, p. 227) [3].
- Os fiéis jamais serão obrigados a adotar a prática da comunhão na mão; ao contrário, ficarão plenamente livres para comungar de um ou de outro modo.
As normas acima foram recomendadas por documentos da Sé Apostólica e têm por finalidade lembrar o dever do respeito para com a Eucaristia independentemente do modo como se recebe a Comunhão.
O respeito devido à Eucaristia
Para meditarmos um pouco mais sobre este assunto, é oportuno assistirmos um vídeo do Padre Leonardo, que nos fala sobre o respeito devido à Eucaristia:
Seja nas mãos, seja na boca, estamos recebendo verdadeiramente o Corpo de Cristo e todo o nosso ser deve respeitar e amar o Senhor.