A paz verdadeira está em buscar a imitação de Cristo
Vivemos tempos de conflitos armados e ódio, mas também vivemos conflitos interiores que nos roubam a paz. Este segundo tipo de conflito é o mais difícil de vencer e é do interior do ser humano que brotam todos os males. A paz verdadeira está em buscar com sinceridade a imitação de Cristo, que é a Sabedoria Encarnada.
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A paz verdadeira está em buscar a imitação de Cristo
O texto a seguir é retirado do livro “A Imitação de Cristo”, de Tomás de Kempis, do qual falaremos a seguir. Se você tem buscado a paz, o equilíbrio e uma vida mais cheia de sentido, precisa começar a olhar para a fonte da sabedoria e da paz, que é Jesus Cristo.
“Jesus Cristo – Amigo, vou agora ensinar-te o caminho da paz e da verdadeira liberdade.
O fiel – Fazei-me, Senhor, essa graça, que me alegro muito de vos ouvir.
Jesus Cristo – Procura, antes fazer a vontade de outrem do que a tua. Contenta-te com o pouco, e estima sempre ter menos que mais.
Busca sempre o último lugar, e gosta de ser inferior a todos.
Deseja e pede sempre a Deus que se cumpra em ti inteiramente a sua Divina vontade.
Quem assim faz, está no caminho da paz e do descanso.
O fiel – Senhor, esses curtos preceitos que me dais, encerram uma grande perfeição.
Contam poucas palavras, porém estão cheio de sentido e de copioso fruto.
Se eu fosse fiel em os guardar, não entraria em mim tão facilmente a perturbação.
Porque todas as vezes que me acontece perder a paz e a quietação, reconheço ter-me apartado destas máximas.
Mas vós que podeis tudo, e desejais sempre o proveito de todos, aumentais em mim vossa graça, para que, obedecendo a vossos preceitos, possa alcançar a minha salvação.
Dica de leitura: A Imitação de Cristo, de Tomás de Kempis
Nossa vida espiritual se enriquece quando contamos com material de apoio aprovado e recomendado pela Igreja Católica. Um desses exemplos é o livro “A Imitação de Cristo”, de Tomás de Kempis, que traz profundos ensinamentos sobre o conhecimento de si mesmo, de suas fraquezas e da maneira certa de agir diante dos desafios do mundo. É como um itinerário para a salvação, através da luta pelas virtudes e pela santidade.
“A Imitação de Cristo” deveria ser (depois da Bíblia) o livro de cabeceira de todo católico. Trata-se de uma espiritualidade válida, especialmente nesse tempo em que a Igreja, em vez de ser missionária e evangelizar o mundo, está sendo justamente “evangelizada” por ele. “A Imitação de Cristo” poderá, sem dúvida, ajudar a impedir a mundanização da Igreja e de cada um.
Do mesmo livro são as duas orações seguintes. Finalizamos o conteúdo de hoje com essas súplicas contra todo o tipo de confusão interior. Reze com fé:
Oração contra os maus pensamentos
Senhor, meu Deus, não vos aparteis de mim, meu Deus dignai-vos socorrer-me (Sl 70,13). Pois me invadem vários pensamentos, e grandes temores afligem minha alma. Como escaparei ileso, como poderei vencê-los? Diante de ti, são palavras vossas, irei eu e humilharei os soberbos da terra (Is 14,1); abrir-te-ei as portas do cárcere e te revelarei mistérios recônditos. Fazei Senhor, conforme dizeis e dissipe vossa presença todos os maus pensamentos. Esta é a minha única esperança e consolação: a vós recorrer em toda tribulação, em vós confiar, invocar-vos de todo o coração e com paciência aguardar a vossa consolação. Amém.
Oração para pedir o esclarecimento do espírito
Iluminai-me, ó bom Jesus, com a claridade da luz interior e dissipai todas as trevas que reinam em meu coração. Refreai as dissipações nocivas e rebatei as tentações, que me fazem violência. Pelejai valorosamente por mim, e afugentai as más feras, essas traiçoeiras concupiscências, para que se faça a paz por vossa virtude, e ressoe perene louvor no templo santo, que é a consciência pura. Mandai aos ventos e às tempestades; dizei ao mar: aplaca-te, e ao tufão: não sopres; e haverá grande bonança. Enviai vossa luz e vossa verdade (Sl 42,3), para que resplandeçam sobre a terra; porque sou terra vazia e estéril, enquanto não me iluminais. Derramai sobre mim vossa graça e banhai o meu coração com o orvalho celestial; abri as fontes de devoção, que reguem a face da terra, para que produza frutos bons e perfeitos. Erguei meu espírito abatido pelo peso dos pecados e dirigi meus desejos paras as coisas do céu, para que, antegozando a doçura da suprema felicidade, me aborreça em pensar nas coisas da terra. Desprendei-me e arrancai-me de toda transitória consolação das criaturas, porque nenhuma coisa criada pode consolar-me plenamente ou satisfazer meus desejos. Uni-me convosco pelo vínculo indissolúvel do amor, porque só vós bastais a quem vos ama, e sem vós tudo o mais é vaidade. Amém.