O inferno existe? Essa pergunta em si já é perigosa pois alguns teólogos e pregadores tratam esse tema com desdém, o que leva muita gente a acreditar que o interno não existe. A ideia deste lugar terrível incomoda a sociedade moderna que busca eliminar tudo aquilo que pode atrapalhar a vivência de seus prazeres desordenados. Porém, se você está aqui é porque está buscando meditar sobre algumas verdades que o mundo não quer ouvir. Avancemos nesta leitura com coragem e fé!
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O inferno existe?
As Sagradas Escrituras, a Tradição e diversas declarações do Magistério da Igreja mostram que não há dúvidas de que o inferno existe. Não acreditar neste dado revelado significa afastar-se perigosamente da verdadeira fé católica.
Para os que escolheram viver afastados de Deus durante a existência provisória na terra, o Senhor dirá quando voltar na Sua glória: “Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos” (Mt 25, 41b). É interessante notar que algumas traduções dão outra opção e sentido ao fim da frase: “destinado” em outra tradução seria “preparado pelo demônio.”
De uma forma ou de outra, há o lugar de tormento eterno cuidadosamente preparado pelo demônio para todos os que foram fiéis aos seus planos malignos. Usando-se de sua liberdade, o ser humano pode escolher entre servir a Deus ou ao maligno, e obviamente, arcar com as consequências depois.
Podem tentar te dizer em muitos lugares por aí que não existe um castigo eterno, mas o próprio Jesus diz: “E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna” (Mt 25,46).
É possível começar a viver o inferno já na terra
Na encíclica Spe Salvi, o Papa Bento XVI reconheceu que uma opção irremediável pelo mal foi feita em alguns episódios recentes da nossa história. Em certa medida, todos nós podemos começar a viver o inferno aqui nesta terra se usamos nosso livre arbítrio para escolher o ódio e o pecado. Podemos atuar na destruição do respeito, do amor, dos valores, do ser humano como um todo e assim seremos operários do maligno.
Neste ponto é importante que você e eu paremos e meditemos sobre como anda nossa vida e o que tem movido nossas intenções. Se o ódio, desejo de vingança e opção pela mentira encontram algum espaço em nosso interior, precisamos renunciar a essas obras das trevas.
A graça não exclui a justiça
Jesus é misericordioso mas também é justo. Vivemos o tempo da misericórdia, um tempo para nos arrependermos de nossa má conduta e nos voltarmos ao amor de Deus. Porém, aproxima-se o tempo da justiça implacável do Senhor e cada um, individualmente, será julgado por suas obras.
Lembremos que a humildade e a obediência a Deus permitem a nossa salvação, mas o salário do pecado é a morte.
Você pode acessar a encíclica Spe Salvi na íntegra clicando aqui. Trata-se de um documento que nos alerta sobre os perigos, mas que nos enche de esperança, pois nos reafirma junto com São Paulo que os sofrimentos aqui desta terra não se comparam com a glória que nos será manifestada. Você crê nisto?