As imagens sagradas são sinais que apontam para o Céu e utilizar-se delas nas práticas de devoção não é idolatria. O afeto dos católicos não para nas imagens, mas é atraído para Deus que é o centro e motivo de nossas vidas. Hoje vamos meditar sobre essas verdades para entendermos melhor a correta relação entre as imagens e a espiritualidade vivida com equilíbrio.
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Os católicos não adoram imagens e para que isso fique claro é preciso entender a diferença entre adoração e veneração.
Adoração
É um ato de culto que se presta somente a Deus. Nem a Virgem Maria, que é a mais sublime das criaturas saídas das mãos do Altíssimo, pode ser adorada. Não podemos adorar nem mesmo nossos pais. Obviamente, uma criança que diz “eu adoro meu pai” não comete uma falta, pois, na realidade, o que ela quis dizer é que “ama muito seu pai”. Por extensão, podemos dizer que adoramos algo ou alguém que nos agrada. Mas nem por isso somos idólatras ou politeístas.
Veneração
Segundo o dicionário Houaiss, veneração é: dedicar reverente respeito e deferência a, ter grande consideração por. Ou seja, qualquer pessoa que, a algum título, é digna de respeito, pode ser venerada. Eu posso e devo venerar os meus pais, como também devo consideração e deferência por alguma autoridade civil ou religiosa.
Os santos merecem veneração
Os santos, enquanto modelos e inspiração pessoas que durante a sua vida deram mostras de virtude e boa conduta moral, são dignos de respeito e veneração. Eles podem ser venerados. Quando veneramos alguém, gostamos de recordá-los. É por isso que temos conosco fotografias das pessoas que amamos. Por que então não podemos fazer imagens, pinturas ou esculturas dos santos que veneramos e amamos?
A seguir você confere um vídeo em que falo com detalhes sobre esse assunto.
Confira aqui o conteúdo citado no vídeo: Por que dizem que os católicos adoram imagens? Uma resposta para colocar as coisas no seu devido lugar.
A arte deve se colocar a serviço da religião fornecendo esse importante auxílio através das imagens, que direcionam nossos sentidos para as realidades celestes. Qualquer prática que não reconhece as imagens sagradas apenas como um sinal foge da veneração e arrisca-se a cair na idolatria.
Concluindo, é fundamental que reconheçamos as imagens como sinal da ação de Deus e dirijamos todo o nosso amor e adoração a Ele. Que todos os instrumentos permitidos pelo Senhor possam ser utilizados como auxílio na caminhada rumo ao Céu.