Tem gente que dedica-se tanto a algum bichinho que chega a amar mais um animal de estimação do que um ser humano. Grandes somas de dinheiro em alimentação, higiene, e surgem novas “necessidades” como roupinhas, brinquedinhos, treinamentos e todo um ambiente criado que gira em torno do animal. É claro que nem todas as pessoas chegam a este nível, mas alguns animais acabam ditando as regras da casa e da família pelo tanto de atenção que demandam. Não é difícil ver um cão, por exemplo, bem vestido, cheiroso, morando numa casinha confortável, enquanto milhões de pessoas vivem na pobreza ao redor do mundo. Isso parece certo pra você?
Veja também:
É certo amar mais um animal de estimação do que um ser humano?
A resposta mais sensata sobre o nosso relacionamento com os animais é dada pelo magistério da Igreja, que é conduzida pelo Espírito Santo de Deus. Vejamos o que nos diz o Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 2418:
“É contrário à dignidade humana, fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar as suas vidas. É igualmente indigno gastar com eles o que deveria prioritariamente aliviar a miséria dos homens. Pode-se amar os animais, porém não se deve orientar para eles o afeto devido exclusivamente às pessoas”.
Já o então Cardeal Jorge Bergoglio denunciava essa forma de pensamento. Para o futuro Papa Francisco, estava claro que se tratava de um neopaganismo. Em uma entrevista ao canal americano EWTN, Bergoglio citava uma pesquisa a respeito de gastos supérfluos da sociedade e, em primeiro lugar, estava nada menos que o gasto com animais de estimação. Segundo Francisco, esse tipo de comportamento, que se baseia na compra de afeto, é uma idolatria e caricatura do amor.
Os animais de estimação podem substituir os filhos?
A comodidade egoísta e a busca de afeto fácil nos bichos faz com que casais queiram substituir os filhos por animais de estimação, mas uma fala impactante do Papa Francisco alerta:
Toda a criação de Deus deve ser amada, respeitada e preservada, mas acima de todas elas está o ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. Todos os recursos deste mundo devem ser bem utilizados e distribuídos para que o ser humano tenha vida em abundância. Qualquer desequilíbrio nesse sentido vai contra a vontade de Deus. Que essas curtas palavras nos façam meditar sobre este assunto.