Nossa vida só vai ter sentido se direcionarmos todos os nossos afetos a Deus, pois fomos criados por Ele e para Ele. Santo Afonso Maria de Ligório e todos os outros santos da Igreja sabiam disso, e com eles podemos aprender a desejar e alcançar essa graça. Afinal, de que vale ganhar o mundo se perdemos a nossa alma e a vida eterna no Paraíso?
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Sobre Santo Afonso Maria de Ligório
Afonso de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, no povoado de Marianela, em Nápoles, na Itália. Filho de pais católicos, ricos e nobres, que, ao perceberem sua inteligência acima da média, deram-lhe todas as condições e todo o suporte para tornar-se uma pessoa brilhante. Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe preocupava-se em educá-lo nos caminhos da fé e do cristianismo. Afonso cresceu um cristão fervoroso, músico, poeta, escritor e, com apenas dezesseis anos de idade, doutorou-se em direito civil e eclesiástico.
Sem abandonar sua intensa vida espiritual, foi um brilhante advogado conhecido no meio jurídico em toda a Itália. Porém, ao perder uma causa de grande repercussão, sentiu um grande abalo moral e meditou ainda mais profundamente sobre os valores das honras humanas. Essa meditação o levou a tomar a decisão de seguir a vida religiosa.
Desde então, colocou todos os seus talentos a serviço de Deus, com uma oratória inspirada que atingia em cheio os corações. Aos que lhe perguntavam qual era o seu lema, dizia: “Deus me enviou para evangelizar os pobres”. Para viver plenamente o seu lema, em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, ou dos Padres Redentoristas, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres, nos lugares mais abandonados.
Em 1762, obedecendo à indicação do papa, aceitou ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, na qual permaneceu durante treze anos. Sofrendo de artrite degenerativa deformante, já paralítico e quase cego, retirou-se ao seu convento, onde completou sua extensa e importantíssima obra literária, composta de cento e vinte livros e tratados. Entre os mais célebres estão: “Teologia moral”, “Glórias de Maria”, “Visitas ao SS. Sacramento”, “Prática do Amor a Jesus Cristo”, além do “Tratado sobre a oração”.
Depois de doze anos de muito sofrimento físico, Afonso Maria de Ligório morreu aos noventa e um anos, no dia 1º de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália. Canonizado em 1839, foi declarado doutor da Igreja em 1871. O papa Pio XII proclamou santo Afonso Maria de Ligório Padroeiro dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral em 1950.
Deixemos as honras e busquemos a Deus
Existem práticas de vida que nos levam a ter uma existência cheia de sentido, baseada na proximidade com Deus e com as realidades celestes. Não podemos mais viver mendigando migalhas de prazeres e honras nessa terra. Afinal, tudo o que nos acontece aqui é passageiro, mas a salvação ou a condenação são eternas. É preciso fazer a escolha e renovar nossa opção por Deus a cada dia e contar com o auxílio do Espírito Santo para nos mantermos sempre fiéis ao propósito divino para nós.
Nessa caminhada, ajuda muito ter contato com alguns escritos espirituais de Santo Afonso Maria de Ligório e no vídeo a seguir vamos meditar com ele. Se gostar do conteúdo, inscreva-se no meu Canal no Youtube.
Dica de leitura: Prática do Amor a Jesus Cristo, de Santo Afonso Maria de Ligório
O trecho meditado no vídeo acima faz parte deste excelente livro que traz muitas verdades para meditarmos. Que essa meditação nos leve a uma intensa oração de entrega dos nossos afetos a Deus.
Ao ler este livro, meu coração foi tocado e permaneci em oração pedindo a Deus que me ensinasse a lhe amar mais. Os escritos de Santo Afonso Maria de Ligório nos mostram como o nosso amor é deficiente e manchado pelo orgulho e pelo pecado. Sem a graça de Deus não podemos rezar como deveríamos e não podemos amar, mesmo que minimamente, o nosso Senhor.
Jesus Cristo é médico e remédio
Jesus Cristo cura nossas almas de toda a enfermidade do pecado e purifica nossas manchas e impurezas. Sendo assim, a atitude mais sensata que podemos ter quando nos sentimos fracos é aproximarmo-nos do Senhor com toda a confiança. Afinal, quem estando doente se nega ao tratamento está abrindo mão da própria saúde.
Que essas meditações possam nos levar a ter um amor cada vez maior e mais sincero por Jesus Cristo que é todo amor. E eu sempre repito aqui (e Santo Afonso Maria de Ligório falava muito sobre isso) que tudo o que precisarmos e for necessário para a nossa salvação, se pedirmos com fé a Jesus, nos será concedido. Lembrando que também podemos contar com a poderosa intercessão da Virgem Maria Santíssima, dos Santos e dos Anjos.