Sem liberdade interior não conseguimos oferecer o nosso melhor aos outros
O mundo acelerado em que vivemos acaba levando muitos de nós a cair num ativismo desenfreado, que só pode ser vencido por Jesus, que nos ajuda a ter paz no meio das ocupações. Sem liberdade interior não conseguimos oferecer o nosso melhor aos outros e é em Deus que encontramos essa paz espiritual. Porém, essa paz não é a ausência de problemas (como muitos pensam) mas uma visão superior de todas as dificuldades que passam a ser vistas como instrumento de redenção. Hoje vamos juntos meditar sobre a vida intelectual e espiritual de uma maneira prática e aplicável na sua realidade.
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Não dá para oferecer o nosso melhor aos outros se estamos esgotados, desanimados, cabisbaixos e nos sentindo desvalorizados. Sem a paz interior que vem de uma vida espiritual focada em Jesus, não conseguimos fazer nada com amor no coração.
Se você tem sentido um grande cansaço com tudo o que tem tentado fazer, é hora de parar e ouvir a voz de Deus. Mas como perceber a presença de Deus com tanta interferência? É natural sentir uma grande dificuldade para ouvir a Deus no meio de nossas atividades e cobranças, mas não é impossível ter vida interior sendo uma pessoa que trabalha e tem responsabilidades diversas.
Para quem quer ver e ouvir a Deus
“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!” (Mt 5,8). Este versículo nos dá a chave para percebermos a presença de Deus em toda a sua criação. Quando fazemos tudo em Deus, nossas atividades passam a ser um louvor e nossas palavras são ungidas pelo Espírito Santo. Este é o segredo dos Santos que faziam tanta coisa porque faziam tudo por amor a Deus. E tudo feito por amor a Deus é leve, suave, agradável e benéfico para nós.
É sobre isso que fala o quadrinho que abriu esse artigo, e este quadrinho foi inspirado em um livro que me tocou muito. Trata-se de uma obra que nos leva a ver a intelectualidade como um dos meios que nos levam a Deus. Portanto, vamos para o próximo tópico:
Dica de leitura: A Vida Intelectual, de A.D. Sertillanges
“É até difícil, para mim, explicar a influência que esse livro teve na minha vida. O mínimo que posso dizer é que ele decidiu o curso da minha vocação. Ao lê-lo, já nem lembro quantas décadas atrás, percebi, com horror, que os princípios mais básicos e incontornáveis da vida intelectual haviam desaparecido completamente da consciência nacional, ocasionando a usurpação de praticamente todos os postos da alta cultura e da educação por charlatães, tagarelas e carreiristas desprezíveis, que nada tinham a oferecer às jovens gerações senão uma caricatura horrenda da inteligência, da ciência e das artes”. Trecho do prefácio de Olavo de Carvalho.
A.D. Sertillanges foi filósofo, teólogo e Padre dominicano, um dos maiores expoentes do neotomismo na primeira metade do século XX. Também estudou Aristóteles e Blaise Pascal. Foi membro da Académie des Sciences Morales et Politiques e grande amigo de Henri Bergson. No livro acima citado, este religioso nos traz com muita habilidade o equilíbrio entre a vida espiritual e intelectual. É uma leitura muito indicada para quem quer viver em plenitude e encontrar o sentido da existência.
A obra pode ser um pontapé inicial para que você possa encontrar valores em tudo o que faz. Com o foco em Deus, podemos oferecer o nosso melhor aos outros e nos realizarmos com a felicidade de todos.
A verdadeira alegria está em oferecer o nosso melhor aos outros por amor a Deus
Através da fé em Cristo Jesus somos inundados de amor celeste, que nos impulsiona a realizarmos todo o tipo de boa obra. É dessa maneira que conseguimos oferecer o nosso melhor aos outros e percebemos a grande alegria que há em se doar. Assim, nossa vida inteira transforma-se numa grande oferta de amor e é iluminada pela graça do Senhor.
Você pode experimentar essa alegria se pedir ao Senhor com o coração aberto e disposto. Vamos tentar?