A oração do Pai-Nosso é apontada por muitos como a mais completa entre todas as orações. Ela nos foi ensinada pelo próprio Senhor Jesus Cristo, e contém súplicas que abrangem todas as nossas reais necessidades. Não é à toa que essa oração é tão conhecida e rezada em todo o mundo e devemos entender sua profundidade para melhor orar.
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Entendendo a profundidade do Pai-Nosso
Documento que é uma das referências para a Igreja, o Catecismo da Igreja Católica, faz uma longa e profunda meditação sobre o Pai-Nosso. Interessante é que essa análise inicia-se com uma corajosa afirmação de Santo Agostinho, no parágrafo 2762. Essa afirmação que está na arte a seguir nos ajuda a começar a nossa reflexão. Afinal, o Pai-Nosso é a oração mais completa?
Em uma de suas catequeses, Papa Francisco nos mostra a ousadia que há na oração do Pai-Nosso. Entender essa realidade nos ajuda a penetrar mais profundamente em seu sentido.
Os sete pedidos dos Pai-Nosso normalmente são divididos em duas partes. Na primeira suplica-se pelas coisas eternas e na segunda pelas coisas transitórias, mas Santo Tomás de Aquino vai além:
Os 7 pedidos do Pai-Nosso
Você e eu podemos e devemos nos aproximar da vontade de Deus e rezar o Pai-Nosso com fé, meditando cada palavra dessa poderosa oração, nos auxilia nesse caminho. Aliás, para falar com Deus, por que não orarmos como o Senhor nos ensinou?
A seguir você confere alguns parágrafos do Catecismo da Igreja Católica que detalham os 7 pedidos do Pai-Nosso. Acompanhe:
2857. No “Pai-nosso”, as três primeiras petições têm por objeto a glória do Pai: a santificação do Nome, a vinda do Reino e o cumprimento da divina vontade. As outras quatro petições apresentam-Lhe os nossos desejos: pedidos concernentes à nossa vida para a alimentar ou para a curar do pecado, ou relativos ao nosso combate para a vitória do Bem sobre o Mal.
2858. Ao pedirmos: “santificado seja o vosso nome”, entramos no desígnio de Deus, que é a santificação do seu nome – revelado a Moisés e depois em Jesus – por nós e em nós, bem como em todas as nações e em cada homem.
2859. Na segunda petição, a Igreja tem em vista principalmente o regresso de Cristo e a vinda final do reinado de Deus. Reza também pelo crescimento do Reino de Deus no “hoje” das nossas vidas.
2860. Na terceira petição, pedimos ao Pai que una a nossa vontade à do Seu Filho para cumprir o seu desígnio de salvação na vida do mundo.
2861. Na quarta petição, ao dizer “dai-nos”, exprimimos, em comunhão com os nossos irmãos, a nossa confiança filial no nosso Pai dos céus. “O pão nosso” designa o alimento terrestre necessário à subsistência de nós todos, mas também significa o Pão da Vida: a Palavra de Deus e o Corpo de Cristo. Ele é recebido no “Hoje” de Deus, como alimento indispensável e (sobre) substancial do banquete do Reino, antecipado na Eucaristia.
2862. A quinta petição implora para as nossas ofensas a misericórdia de Deus, a qual não pode penetrar no nosso coração sem nós termos sido capazes de perdoar aos nossos inimigos, a exemplo e com a ajuda de Cristo.
2863. Ao dizermos: “não nos deixeis cair em tentação”, pedimos a Deus que não permita que enveredemos pelo caminho que conduz ao pecado. Esta petição implora o Espírito de discernimento e de fortaleza; solicita a graça da vigilância e a perseverança final.
2864. Na última petição: “mas livrai-nos do Mal”, o cristão roga a Deus, com a Igreja, que manifeste a vitória, já alcançada por Cristo, sobre o “príncipe deste mundo”, Satanás, o anjo que se opõe pessoalmente a Deus e ao seu plano de salvação.
2865. Pelo “Ámem” final, exprimimos o nosso “fiat” em relação às sete petições: “Assim seja…”.
Com informações de Pe. Paulo Ricardo e Catecismo da Igreja Católica.