Devemos sempre fugir das ocasiões de pecado para caminharmos na direção das virtudes e cumprirmos a vontade de Deus em nossas vidas. Hoje nós teremos a ajuda de São João Clímaco para entender resumidamente os passos a seguir para quem quer lutar pela santidade. E se você não sabe quem é este santo da Igreja Católica, tudo bem, falaremos um pouco sobre sua vida e obra também.
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As ocasiões de pecado e como devemos reagir
Diante das ocasiões de pecado, não podemos negociar. Nada de “eu vou me expor só um pouquinho e Deus me ajuda a suportar” ou “já sou forte espiritualmente e uma tentaçãozinha não vai me derrubar”. São João Clímaco, em seu livro mais conhecido, A Escada do Paraíso, nos ensina que devemos fugir da ocasião de pecado como fugimos da praga.
Você tem fugido do Coronavírus? Muitos não querem se expor ao risco de contrair essa praga, não é mesmo? É assim que você precisa agir diante das ocasiões de pecado, afinal, “os frutos que não estão à vista não nos expõe à tentação da fome”.
São João Clímaco
São João Clímaco (579 – 649) foi um monge do Oriente e um dos maiores mestres e escritores da Igreja. Desde cedo demonstrou um profundo amor a Deus, tornando-se monge no monte Sinai aos 16 anos. Aí, foi discípulo do sábio abade Martírio, e entregue à oração e aos cuidados deste mestre espiritual, pôde dedicar-se ao ofício de sábio, que Santo Tomás identifica como “o mais perfeito, o mais sublime, o mais útil e o mais bem-aventurado” de todos os estudos humanos (Summa contra os Gentios, I, 2).
Dica de livro: A Escada do Paraíso, de São João Clímaco
Foi pela santa insistência de um irmão vizinho do mosteiro de Raito que São João Clímaco escreveu “A Escada do Paraíso” ( Κλίμαξ, em grego) – de onde vem o seu nome, Clímaco. Na obra, o santo faz uma comparação do progresso na vida espiritual com uma escada de três partes:
A primeira é a do abandono do mundo, com a meta de voltar ao estado da infância evangélica.
A segunda é um importante auxílio para o reconhecimento e a cura das chamadas “doenças espirituais”.
A terceira, por fim, é propriamente o caminho dos perfeitos.
Padre Paulo Ricardo, em uma observação iluminada, nos diz que: “se é verdade que ‘é necessário passar por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus’ ( At 14, 22), a ‘escada do Paraíso’, antes de ser subida pelos homens, foi descida pelo próprio Deus“. E é uma grande verdade: Deus se encarnou, viveu no meio de nós em uma existência totalmente desapegada das realidades desta terra, passou por dificuldades, foi obediente e humilhou-se até a morte de cruz (Fl 2, 8). Foi através deste mistério de entrega total por amor que Jesus nos libertou do pecado e da morte, e nos permitiu o acesso à escada do Paraíso.
Concluindo
Com a disponibilidade dessa “escada”, devemos renunciar ao mal e fugir das ocasiões de pecado. A nossa parte é livremente escolher o caminho da obediência, da mansidão, do amor, do diálogo, e perseverar nele até o fim. É claro que para isso somos totalmente dependentes da graça de Deus.
Com informações de O Fiel Católico e Padre Paulo Ricardo.